PERCEPÇÃO FEMININA SOBRE A PREVENÇÃO DO HPV E CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: REVISÃO DA LITERATURA ATUAL

Autores/as

  • Danilo Noleto Santos Unifacid/Idomed
  • Italo Gardiny de Araujo Lima Unifacid/Idomed
  • José Edvar Coelho Frota Neto Unifacid/Idomed
  • José Pereira Barbosa Unifacid/Idomed
  • Késia Pavin dos Santos Unifacid/Idomed
  • Luciana Rocha Alves Unifacid/Idomed
  • Lorena Rocha Batista Caravalho Unifacid/Idomed
  • Neudianny Martins Sá de Almeida Unifacid/Idomed
  • Rodrigo Shayd Berto Vigilio Unifacid/Idomed
  • José Arimatéia dos Santos Júnior Unifacid/Idomed

Palabras clave:

Neoplasia do colo do útero, Prevenção, Saúde pública

Resumen

INTRODUÇÃO: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns globalmente, afetando milhões de mulheres em todo o mundo. O HPVé classificado em mais de 150 tipos, sendo que alguns são considerados de baixo risco, como HPV-6 e HP-11, que estão associados a verrugas genitais, enquanto outros, como HPV-16 e HPV-18, são oncogênicos e estão diretamente relacionados ao desenvolvimento do câncer do colo do útero. Este tipo de câncer é um importante problema de saúde pública, representando a quarta causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil e a terceira mais frequente entre a população feminina. A infecção persistente por tipos de HPV de alto risco é considerada a principal causa do câncer cervical; no entanto, a mera presença do vírus não é suficiente para desencadear a doença. Fatores adicionais, como comportamentos sexuais de risco, histórico de tabagismo, uso de contraceptivos orais, multiparidade, múltiplos parceiros sexuais, deficiências nutricionais e condições imunológicas, também desempenham papéis significativos no desenvolvimento do câncer cervical. O diagnóstico precoce do câncer do colo do útero, por meio do exame de Papanicolau, é uma ferramenta vital na redução da mortalidade associada a essa doença, podendo reduzir a taxa de mortalidade em até 80% quando realizado regularmente. Portanto, o conhecimento das mulheres sobre os fatores de risco, as formas de prevenção e a importância da detecção precoce é essencial para sua participação ativa nas estratégias de saúde, facilitando não apenas a identificação de sintomas, mas também a busca por serviços de saúde adequados. OBJETIVOS: Identificar as lacunas no entendimento das mulheres sobre a infecção por HPV, fatores de risco associados e a importância da detecção precoce. METODOLOGIA: É uma revisão integrativa da literatura, que permite uma análise abrangente das pesquisas existentes sobre o conhecimento das mulheres em relação ao HPV e ao câncer cervical. Foram realizadas buscas em bases de dados acadêmicas, como PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre os anos de 2010 e 2023. Os critérios de inclusão abarcaram artigos revisados por pares que abordassem o conhecimento das mulheres sobre HPV, câncer cervical e métodos de prevenção. RESULTADOS: Os resultados da revisão indicaram que, embora exista um reconhecimento geral da relação entre HPV e câncer cervical, a maioria das mulheres demonstrou um conhecimento limitado sobre os tipos específicos de HPV, suas consequências e a importância da vacinação. Estudos revelaram que as mulheres que participaram de programas educativos e de conscientização apresentaram uma compreensão mais clara sobre a importância da detecção precoce e mostraram maior disposição para realizar exames preventivos. Por outro lado, barreiras significativas foram identificadas, incluindo falta de acesso à informação, estigmas sociais e culturais, e a hesitação em buscar serviços de saúde. A análise também mostrou que as mulheres em áreas rurais e menos favorecidas economicamente têm menor acesso à informação e serviços de saúde, o que contribui para a disparidade nas taxas de mortalidade por câncer cervical. CONCLUSÃO: A análise das evidências aponta que o conhecimento das mulheres sobre o HPV e a prevenção do câncer do colo do útero é inadequado, o que pode comprometer as estratégias de detecção e prevenção disponíveis. Para enfrentar essa situação, é imperativo que sejam desenvolvidos programas de educação em saúde que abordem não apenas a natureza da infecção pelo HPV, mas também a importância da detecção precoce e a prevenção do câncer cervical. A capacitação de profissionais de saúde, a promoção de campanhas educativas e a inclusão da temática na formação acadêmica de profissionais de saúde são essenciais para aumentar a conscientização e a adesão às práticas preventivas. Além disso, é fundamental que as políticas de saúde pública priorizem o acesso equitativo à informação e serviços de saúde, especialmente para populações vulneráveis. A implementação de estratégias que integrem educação em saúde, vacinação e exames preventivos poderá resultar em uma redução significativa na incidência e mortalidade associadas ao câncer do colo do útero, melhorando assim a saúde reprodutiva das mulheres e promovendo seu empoderamento na tomada de decisões sobre sua saúde. Em suma, o fortalecimento das iniciativas educativas e de saúde deve ser uma prioridade nas políticas de saúde pública, visando a prevenção efetiva do câncer do colo do útero e a promoção da saúde das mulheres.

Publicado

2025-04-16