COVID-19 E COMPLICAÇÕES NO TRATO GASTROINTESTINAL

Autores

  • Ana Paula Freitas de Oliveira Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES
  • Gabriel dos Santos Braga Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES
  • Larrucy Cordeiro Oldra Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES
  • Maria Eduarda Borges Vitor Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES
  • Diego Egídio Silva e Sousa Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES

Palavras-chave:

COVID-19, Trato gastrointestinal, Complicações

Resumo

Introdução: A COVID-19 é uma infecção viral possivelmente transmitida pelo contato com gotículas que contenham o SARS-CoV2. A infecção se enquadra como uma síndrome gripal, podendo evoluir para uma síndrome respiratória grave. Ademais, a COVID-19 cursa também com complicações no trato gastrointestinal (TGI), como: diarreia, dor abdominal, testes da função hepática anormais, e até sangramento gastrointestinal em casos grave. Objetivos: Fazer uma revisão de literatura sobre as complicações no TGI oriundas da COVID-19. Metodologia: Revisão de literatura, em que se utilizou as bases de dados: Pubmed e Scielo. Empregou-se como critérios de inclusão: artigos disponíveis em português e inglês; usando os descritores: COVID-19, TGI e complicações e estudos de acordo com o objetivo proposto. Resultados e discussão: De acordo com alguns estudos a prevalência de sintomas relacionados ao TGI em pacientes com COVID 19 variou entre 9% e 26%. A manifestação gastrointestinal mais comum foi a diarreia (3,8-34%). Outras manifestações citadas foram náuseas e vômitos (3,9-10%), dor abdominal (1,1-2,2%) e alterações dos índices laboratoriais hepáticos (19%). Pontua-se ainda que os pacientes que apresentam sintomas gastrointestinais têm a tendência a ter doença mais grave, internação mais prolongada e maior tempo entre início dos sintomas e a admissão hospitalar. Com relação à fisiopatologia, suspeita-se que o acometimento gastrointestinal ocorre através da entrada do vírus pelo receptor da enzima conversora de angiotensina II, expressa tanto em células do delgado quanto do cólon, podendo resultar no aumento da permeabilidade da parede intestinal, levando à diarreia, por exemplo. No figado, embora não haja tanta expressão desse receptor nos hepatócitos, há nos colangiócitos, podendo causar alterações nas enzimas canaliculares. Por fim, a hipótese de que pacientes com COVID-19 poderiam apresentar a transmissão fecal-oral da doença, é fisiologicamente plausível, a depender do patógeno, hospedeiro e fatores ambientais. Conclusões: O quadro da COVID-19 apresenta vários sintomas gastrointestinais, piorando o prognóstico da doença. Além disso, o reconhecimento dessas manifestações como parte da infecção aguda auxilia a diminuir as investigações gastrointestinais durante a doença ativa.

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Publicado

02-08-2023