ATROFIA VULVOVAGINAL E AS REPERCUSSÕES BIOPSICOSSOCIAIS NA SEXUALIDADE DE MULHERES PÓS-MENOPAUSA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Maria Eduarda Nunes de Figueiredo Medeiros Faculdade de Medicina Maurício de Nassau
  • Marcela Silvia Mendes Rodrigues Faculdade de Medicina Maurício de Nassau
  • Maria Beatriz Nunes de Figueiredo Medeiros Faculdade de Medicina Maurício de Nassau
  • Maria Clara Lima Cavalcanti Faculdade de Medicina Maurício de Nassau
  • Carolina Silva Mergulhão Faculdade de Medicina Maurício de Nassau
  • Maria Regina Castro do Rêgo Barros Rocha Faculdade de Medicina Maurício de Nassau
  • Raphaella Amanda Maria Leite Fernandes Faculdade de Medicina Maurício de Nassau

Palavras-chave:

Atrofia, Menopausa, Saúde da mulher, Genitália feminina

Resumo

INTRODUÇÃO: A sexualidade é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como elemento importante da saúde feminina e parte fundamental na garantia dos Direitos Humanos. No período pós-menopausa, as mulheres passam por diversas alterações que repercurtem fisiológica e psicossocialmente, sendo uma condição importante a atrofia vulvovaginal, a qual pode afetar a sua sexualidade. OBJETIVOS: Realizar revisão sistemática para delinear as repercussões biopsicossociais da atrofia vulvovaginal na sexualidade de mulheres pós-menopausa. METODOLOGIA: Foi realizada pesquisa na base de dados PubMed com uso dos descritores “Atrofia”, “Menopausa” e “Saúde da mulher”. Foram escolhidos como critério de inclusão estudos com publicação nos últimos 4 anos e artigos na língua Inglesa. Após aplicados os critérios, obtiveram-se 46 artigos dos quais 5 foram selecionados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi descrito por Holly et al (2018) que 45% das mulheres de meia-idade relatam problemas sexuais. Ademais, é evidenciado que uma dessas disfunções é a atrofia vulvovaginal, a qual, de acordo com a European Vulvovaginal Epidemiological Survey entre mulheres diagnosticadas, apresenta sintomas como lubrificação deficiente (91,7%), dispareunia (71,3%) e sinusorragia (18,4%). Estes fatores repercutem no âmbito psicossocial das mulheres que possuem a atrofia e, segundo o REVIVE, reduzem a capacidade de criar intimidade sexual com seu parceiro (62%), de desfrutar da relação sexual (72%) e de sentir espontaneidade sexual (66%). De acordo com 2 estudos, aspectos associados às disfunções comprometem a sensação de satisfação e bem-estar, sendo notória a presença de comorbidade com depressão e ansiedade, esta com prevalência de 9,8%. Além disso, foram observados, em 4 estudos, efeitos prejudiciais nas relações interpessoais, na saúde sexual e na autoestima como distorção da imagem corporal, o que interfere na qualidade de vida. CONCLUSÃO: Portanto, percebe-se que a presença de atrofia vulvovaginal no pós-menopausa traz impactos à qualidade de vida da mulher. Fisiologicamente manifestam-se sintomas que produzem efeitos na esfera psicossocial, como depressão e ansiedade. Desse modo, torna-se imprescindível a preservação da longevidade genital e sexual da mulher, visando seu bem-estar e manutenção do direito feminino à sexualidade.

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Publicado

02-08-2023