A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Auteurs

  • Anna Carolina da Silva Santos Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Gabrielle Silva Sales Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Paloma dos Santos Pimentel Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Hugo Dias Hoffmann Santos

Mots-clés :

Inteligência emocional, Câncer, Oncologia

Résumé

Introdução: Inteligência Emocional (IE), conceito difundido por Goleman, associa-se à capacidade de expressar e lidar com emoções. Ela se mostra primordial em pacientes oncológicos, cujas prevalências de ansiedade e depressão são altas, parte pelo estigma do diagnóstico, parte pela dor e mudanças físicas. Objetivo: Demonstrar o impacto da inteligência emocional na qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Metodologia: Revisão da literatura, com seleção de artigos pelo Portal de Periódicos Capes; descritores usados: “emotional intelligence” ou “emotional competence” e “cancer patients” ou “oncological patients”. Obteve-se 36 artigos e excluiu-se 26 que não tinham os descritores no título. Resultados e Discussão: Eventos psicológicos estressantes modulam mutações, alteram o sistema imune e aceleram o avanço do tumor, principalmente por inibir moléculas MHC classes I e II e reduzir atividade de células NK; logo, fatores emocionais influenciam na fisiopatologia do câncer. Segundo os artigos estudados, pacientes com maior IE são eficientes em lidar com emoções, pois seu processamento cognitivo facilita o curso adaptativo. Nesses pacientes, a IE é preditora de qualidade de vida, ao conferir mais sentido às experiências e estabelecer padrões mais saudáveis. Altos níveis de IE melhoram a saúde física e mental, sendo esta a mais beneficiada, dentre tais benefícios, destacam-se a automotivação e a autoconsciência, que melhoraram em 28% a saúde de pacientes com câncer de mama. Ademais, a percepção, a regulação emocional, a consciência social e a compreensão, componentes da IE, foram capazes de ampliar a satisfação com a vida em pacientes com altos níveis de IE, considerada maior nestes do que na população geral. É útil destacar que o maior grau de IE concede mais influência do locus interno de controle, que interfere na prudência de ações para atingir metas e na responsabilidade por atos. O domínio do locus externo implica em atitudes menos responsáveis e tendência a culpar fatores externos pelo contexto de vida. Conclusão: Nota-se que níveis maiores de IE em pacientes oncológicos relacionam-se a um bem-estar pessoal mais satisfatório e maior saúde física. Visto que a IE é uma habilidade aprendida, é essencial o desenvolvimento dessa aptidão nesse público, e para isso deve ser fomentada pela equipe multiprofissional, principalmente por psicólogos, a partir de conhecimento acerca do tema e de seus benefícios.

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Publiée

2023-08-02