A EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS NA EDUCAÇÃO DE ADULTOS NO BRASIL AO LONGO DA HISTÓRIA

Autores/as

  • Ana Lucia Justiniano Rodrigues Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado - Unemat
  • Maria da Penha Fornanciari Antunes Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado - Unemat

Palabras clave:

Educação de jovens e adultos, Memórias, Escola, Políticas

Resumen

Introdução: A Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, existe desde o período colonial, quando os missionários exerciam a prática educativa e a maior parte dos alunos eram adultos. Essa educação teve início com os indígenas, posteriormente com os escravos e mais tarde, com os colonizadores e seus filhos. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil em 1759, somente no período imperial voltamos a encontrar informações sobre a educação de adultos. A Constituição Brasileira de 1824, garantia uma instrução primária e gratuita para todos os cidadãos, incluindo os adultos. Esse direito, só foi consolidado na Constituição Brasileira de 1988. Objetivo: Compreender o que contribui para que os adultos com várias trajetórias de vida retornem ao espaço escolar, e conhecer o significado da construção do aprender para eles. Metodologia: Este trabalho resulta de uma pesquisa de campo, estudos teóricos e documentais. Os sujeitos foram três alunas da EJA – Unidocência, com idades de 50 e 60 anos de Cáceres. As alunas cursam o 1º ano de alfabetização. O levantamento foi feito no período de 2020 a 2021, com duas perguntas via WhatsApp, as quais foram respondidas com relato de voz. Discussão: Diante desses estudos e pesquisa, se entende que a EJA objetiva permitir a adultos que não tiveram a oportunidade de estudar na idade convencional, possam retornar à escola. Analisando o contexto das políticas e seus resultados ao longo da história da EJA no Brasil constatamos o grande percurso de lutas e movimentos pelos direitos dos cidadãos, seja ele criança, jovem, adulto ou idoso. O adulto que retoma seus estudos objetivos diversos como se preparar para o trabalho, ter autonomia, sentir-se incluído na sociedade com direitos e valores, ser reconhecido como cidadão. Resultados: Através das narrativas, concluí que as alunas não se lamentam por suas histórias de privações, ao contrário, mostram-se fortes e se sentem capazes de aprender o que a escola tem para ensinar, sem medo das novas experiências e de retornar ao ambiente escolar após seus 50 ou 60 anos. O motivo para o retorno a EJA, se constitui de lembranças da escola, de pertencimento a esse contexto, do desejo de encontrar, dialogar, combater a depressão, agradar aos familiares, ser respeitado socialmente, dentre outros. Mesmo que a escola tenha se modificado aos olhos das alunas, persiste a necessidade de entrelaçar as experiências de vida com a educação escolar. Os principais autores que contribuíram para a realização desse trabalho foram: Freire (1996), Paiva (1987), Carvalho (s/d), Castanha (2006), LDBEN 9.394/96, Constituição Brasileira, dentre outros.

Publicado

2024-09-10