PANORAMA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA FAIXA ETÁRIA DE 30 A 39 ANOS NO RIO GRANDE DO SUL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Autores/as

  • Daniela Fredi Santi Universidade Católica de Pelotas
  • Bruna Chaigar Venzke Universidade Católica de Pelotas
  • Ana Laura Tonon de Quadros Universidade Católica de Pelotas
  • Letícia Oliveira de Menezes Universidade Católica de Pelotas

Palabras clave:

Insuficiência cardíaca, Cardiopatias, Epidemiologia

Resumen

INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca é a síndrome na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma que sejam supridas as necessidades metabólicas teciduais, ou que o faça somente com elevadas pressões de enchimento. Pode ser classificada de acordo com a fração de ejeção, gravidade dos sintomas ou pela progressão da doença. OBJETIVOS: Analisar o número de internações por Insuficiência Cardíaca realizadas no Rio Grande do Sul (RS) na faixa etária de 30 a 39 anos durante a última década, comparando os dados entre os sexos feminino e masculino com posterior análise no âmbito nacional. MÉTODOS: Estudo ecológico, por análise de dados fornecidos pelo DATASUS, do Ministério da Saúde, na seção de Informações de Saúde (TABNET). A partir desse, observou-se o número de internações por Insuficiência Cardíaca no RS e no Brasil, na faixa etária de 30 a 39 anos, entre dezembro de 2009 e dezembro de 2019, com comparação dos dados de ambos os sexos na mesma faixa etária. RESULTADOS: Efetuou-se um total de 3.014 internações por Insuficiência Cardíaca no RS nos últimos dez anos na faixa etária de 30 a 39 anos. Dessas, 1.685 foram de pessoas do sexo masculino, o que corresponde a 55,9% do total, e 1.329 eram do sexo feminino (44,09%). Quando comparadas ao total de internações a nível nacional, as do RS correspondem a 4,7%, ficando atrás de seis outras Unidades Federativas — sendo a primeira São Paulo (SP), com 17,26%. Além disso, observa-se que, quanto ao sexo, o panorama nacional é semelhante ao gaúcho, sendo 55,16% correspondente a homens e 44,83% a mulheres. Destaca-se, ainda, que em nenhum estado houve predominância do sexo feminino. CONCLUSÃO: Após a análise, percebe-se que, apesar de não ser expressiva a diferença entre os sexos, ela não pode ser desconsiderada. Há prevalência de hospitalizações no sexo masculino em todo o país, o que pode indicar um maior e mais efetivo acompanhamento das doenças de base no sexo feminino. Quanto ao RS, ainda que seja o sétimo em ordem decrescente no número de casos, apresenta um número quase quatro vezes menor de internados quando comparado a SP, o que pode ser justificado pelo número de habitantes expressivamente maior neste estado. Assim, mesmo que apresente numericamente mais casos que o RS, deve-se destacar que a incidência de internações na população gaúcha (0,027%) é similar à encontrada na paulista (0,025%).

Publicado

2023-08-02