PERFIL DOS IDOSOS QUE POSSUEM FÁRMACOS INAPROPRIADOS PRESCRITOS EM AMBIENTE HOSPITALAR
Palabras clave:
Envelhecimento, Idoso, Tratamento farmacológicoResumen
Introdução: O processo de envelhecimento populacional no Brasil tem-se acelerado, em que as projeções para 2025 apontam que o país será 0 60 no mundo em número de idosos. Com o envelhecimento fisiológico ocorrem modificações corporais, assim como comorbidades adquiridas, o que pode acarretar alterações na administração de fármacos para esse grupo. Idosos hospitalizados necessitam de cuidados especiais e a prescrição inadequada de fármacos, incluindo medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) causa custos a saúde, reações adversas, ineficiência do fármaco, e ainda, aumento da mortalidade. Objetivo: Avaliar perfil dos idosos que possuem medicamentos inapropriados para idosos (MIPI) e os desfechos avaliados na internação hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, longitudinal e descritivo. A coleta de dados ocorreu no ano de 2015 a 2016 no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A amostra foi composta por 493 idosos. Utilizaram-se como variáveis descritivas idade, sexo, motivo de internação e como variáveis de estudo o prontuário de medicamentos em uso, o tempo de internação hospitalar, complicações (pneumonia, quedas, ITU, TVP, delirium e incontinência urinária), óbito e reinternações, os MIPI foram obtidos conforme o Consenso Brasileiro de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos. CAAE: no 48212915.50000.534. Resultados: O perfil de idosos que possuem MIPI foi majoritariamente de idosos longevos entre 100 e 109 anos (66,7%) e 90 e 99 anos (57,4%), do sexo masculino (54,6%), com o motivo de internação por fraturas (58,3%). Nas variáveis de estudo observou-se que 48,8% (n—205) faziam uso de MPI, a média de tempo de internação foi de 14,19 dias (+14,963 dias), tiveram complicações durante a internação,7,3%(n=36) tiveram reinternações e 20,7%(n=102) foram a óbito. Ao analisar a associação entre a MPI e as variáveis de estudo observou-se que apenas o óbito teve associação(p—0,002). Conclusão: Estudar o perfil de idosos que fazem uso de MIPI, nos mostra a importância de estabelecer medidas de prevenção aos prescritores, principalmente no ambiente hospitalar.
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