PREDITORES DE IMOBILIDADE INTRA-HOSPITALAR DE IDOSOS
Palabras clave:
Idoso, Envelhecimento, Limitação de mobilidadeResumen
Introdução: Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil alcançará o 6º lugar no mundo em quantidade de idosos em 2025. Essa possível alteração da pirâmide etária já introduz preocupações acerca da qualidade de vida dos idosos. O envelhecimento fisiológico causa mudanças neuroendócrinas, imunológicas e no metabolismo de diversos compostos. Contudo, ao ser associado a patologias crônicas e agudas, ao uso de uma grande quantidade de medicamentos, a quedas e a outras condições, pode colocar o idoso em situação de fragilidade que predispõe a internação hospitalar. O ambiente hospitalar gera uma série de restrições na vida do paciente, contribuindo para reduzir a mobilidade do idoso e, consequentemente, a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar os preditores da imobilidade intra- hospitalar de idosos. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, longitudinal e descritivo. A coleta de dados ocorreu no ano de 2015 a 2016 no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A amostra foi composta por 493 idosos, dos quais 96 foram excluídos por não apresentarem dados suficientes para avaliar as variáveis de estudo. As variáveis descritivas foram idade, sexo e patologia de admissão; as de estudo foram Índice do Risco Sênior (ISAR), delirium durante a internação por meio do Confusion Assessment Method (CAM), fragilidade através da Escala de Edmonton (ED), circunferência de panturrilha (CP) maior ou menor que 31 cm, Escala de Depressão Geriátrica (GDS-4), impacto de comorbidades pelo Índice de Charlson e imobilidade hospitalar. Foram identificadas as variáveis preditivas através de regressão logística (modelo Backward). Valores significantes foram considerados quando p valor foi menor que 0,05 (SPSS 21.0). CAAE: nº 48212915.50000.534. Resultados: Foram avaliados 397 indivíduos, dos quais houve predomínio de idosos jovens entre 60 e 69 anos (39,7%) e do sexo masculino (53,7%). Foi observado que idade (p=0,007), indicadores de fragilidade (p=0,007) e delirium (p=0,001) durante a internação aumentaram a chance do idoso ter imobilidade intra-hospitalar. Conclusão: As variáveis preditivas para imobilidade foram idade, fragilidade e ter delirium durante a internação. Dessa forma, sugere-se que esses fatores sejam considerados na implementação de medidas preventivas quanto à imobilidade intra-hospitalar de idosos.
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