UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE A DEPRESSÃO NOS ESTUDANTES DE MEDICINA

Autores/as

  • Gleyson Murillo Aguilera Moraes Universidade Anhanguera-Uniderp
  • Mellânia Rodrigues Gouveia Universidade Anhanguera-Uniderp
  • Tauanne Fernanda dos Santos Universidade Anhanguera-Uniderp
  • Tânia Gisela Biber-Salum Universidade Anhanguera-Uniderp

Palabras clave:

Depressão, Estudantes de medicina, Depressão no meio médico

Resumen

Introdução: Associada à incapacidade funcional e ao comprometimento da saúde física e mental, a depressão caracteriza-se como um transtorno de humor multifatorial. No quadro clínico há tristeza, pessimismo, baixa autoestima, ausência de prazer, oscilação de humor e pensamentos e atos suicidas. Tais sintomas são altamente prevalentes nos estudantes de medicina e, aliados ao estigma da doença e a falta de suporte, são subdiagnosticados, contribuindo com a morbimortalidade da classe acadêmica. Objetivos: Elucidar fatores que favorecem o surgimento da depressão no meio médico estudantil. Metodologia: Constitui-se de uma revisão narrativa. Os descritores “depressão”, “estudantes de medicina” e “depressão no meio médico” foram pesquisados nas bases BIREME, PubMed e SciELO. Encontrados 431 artigos, após lidos os títulos, resumos e descritores, selecionou-se publicações de 2012 a 2019 que respondiam à questão norteadora “como a depressão tem impactado os estudantes de medicina?”. Resultados e Discussão: Obteve-se 14 artigos que apontam para o alto risco de médicos e estudantes de medicina desenvolverem exaustão mental, sintomas depressivos, abuso de álcool e propensão suicida. Referente aos estudantes, as faculdades de medicina demandam uma rotina extenuante de estudos, com pouco ou nenhum lazer e impacto negativo no desempenho e saúde. Soma-se a isso o rigor de pais e docentes, o medo do fracasso e a preocupação com vagas nas residências médicas e mercado de trabalho, como gatilhos de quadros depressivos. Cerca de 25% dos estudantes de medicina possuem algum tipo de sofrimento psíquico originado na educação acadêmica. Constatou-se sintomas depressivos em 41% dos estudantes, 81,7% apresentaram ansiedade e 85,6% traços de ansiedade, assim como predominância de depressão em estudantes de medicina se comparado à população geral. Conclusão: Diante da susceptibilidade dos estudantes de medicina frente à depressão, destaca-se que a doença é negligenciada e culmina em situação crônica de sofrimento. Assim, a abordagem, por parte das instituições de ensino superior e seus professores, direcionada a reconhecer quadros depressivos entre os discentes é de suma importância, para que intervenções precoces e eficazes possam ser levadas a cabo.

Publicado

2023-08-02