CARDIOPATIAS E COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Palabras clave:
COVID-19, Cardiopatias, Troponina IResumen
INTRODUÇÃO: A doença COVID-19 causa sintomatologia difusa, sendo pulmão e coração os principais órgãos lesados. Possui transmissibilidade alta, por contato com gotículas respiratórias, com maior probabilidade de apresentar hipóxia e síndrome respiratória aguda grave. OBJETIVOS: Analisar o percurso normal da doença e elucidar o papel do coronavírus como causador de lesões cardíacas e seus agravantes. Espera-se discutir as principais condutas e imunoterapias associadas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram buscados os descritores: “COVID-19”, “coronavírus”, “lesão miocárdica”, “cardiomiopatia”, “cardiac injury”, “myocarditis” nas bases National Library of Medicine, PUBMED, Journal of Health & Biological Sciences, Association for Acute CardioVascular Care, European Journal of Heart Failure e SBC, entre abril e junho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O COVID-19 causa síndrome respiratória aguda grave coronavírus-2 (SARS-CoV-2) e age no sistema cardiovascular ligando-se ao receptor da enzima conversora de angiotensina II (ECA 2) durante ação excessiva do sistema renina-angiotensina. Em achados de lesão miocárdica, pacientes não cardiopatas apresentam altos níveis de troponina I, biomarcadores inflamatórios e tempestade de citocinas que induz o aumento intracelular de cálcio nos miócitos, levandoos à apoptose. Tais eventos, associados à hipóxia tecidual, viabilizam inflamação sistêmica, risco maior de disfunção e fibrose miocárdica por estresse, culminando em lesões cardíacas complexas em pacientes previamente saudáveis. CONCLUSÃO: As alterações bioquímicas vistas, causadas pelo SARS-CoV-2, afetam outras vias metabólicas além do complexo cardiovascular, por isso, o diagnóstico clínico deve-se basear em uma análise sistêmica, com biomarcadores imunológicos. O tratamento é complexo e variado ao envolver imunossupressores, anti-inflamatórios, hidroxicloroquina, ventilação mecânica e ECMO-VA (Oxigenação por membrana extracorpórea) devido ao rápido avanço patológico, junto ao elevado risco de morte. Isso suscita a necessidade de pesquisas voltadas para a busca de uma terapia eficaz e segura, visto que não há diretrizes fixas ou protocolos adequados.
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