PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR DENGUE CLÁSSICA EM MATO GROSSO DE 2015 A 2019

Autores/as

  • Vilker Santos Resende Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Alice de Castro Algayer Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Dara Kretschmer Amorim Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Joana Luzia de Jesus Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Maria Luíza Lorejan Ferreira Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
  • Thaianne Cavalcante Sérvio Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat

Palabras clave:

Dengue, Epidemiologia, Hospitalização

Resumen

Introdução: No Brasil, a dengue é a principal arbovirose transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Aedes, sobretudo da espécie Aedes aegypti. É uma doença infecciosa febril, aguda e sistêmica, causada pelo vírus do gênero Flavivírus e possui cinco sorotipos conhecidos (DENV1-5), sendo que apenas os quatro primeiros (DENV1-4) são encontrados no país. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de internações ocasionadas pela dengue clássica no Estado do Mato Grosso entre os anos de 2015 e 2019, a fim de entender as suas particularidades e predominâncias. Metodologia: Esse trabalho consiste em um estudo transversal realizado com dados do repositório do Sistema de Informação da Secretária de Estado de Saúde de Mato Grosso acerca das internações por dengue clássica (CID A90) no intervalo entre 2015 e 2019, considerando as variáveis: ano de internação, caráter de internação, faixa etária, macrorregião de ocorrência, procedimento realizado, raça e sexo. Resultados e discussão: Obteve-se uma amostra de 2239 internações no período, sendo que 93,92% (n=2103) evidenciaram caráter de urgência ou emergência e, consequentemente, 6,07% (n=136) foram eletivas. Além disso, o ano em que mais houve casos foi 2015 (n=656; 29,29%), seguido de 2019 (n=529; 23,62%) e 2016 (n=488, 21,79%). Dentre a população analisada, houve uma discreta predominância do sexo masculino, com 1181 casos (52,75%). As faixas etárias mais acometidas foram de 1 a 19 anos (n=614; 27,42%), 20 a 39 anos (n=618; 27,60%) e 40 a 59 anos (n=551; 24,60%). Quanto a raça autodeclarada, nota-se uma maior prevalência das raças parda e branca com 55,47% (n=1242) e 22,82% (n=551), respectivamente. A macrorregião com maior ocorrência foi a centro-norte com 36,48% (n=817) das internações. Ademais, todos os procedimentos realizados foram clínicos, sendo que predominou o tratamento de dengue clássica (n=2171; 69,69%). Conclusão: A compreensão destes dados traz à tona a discussão sobre o predomínio de internações por urgência e emergência, o acometimento de todas as idades de forma semelhante e a alta incidência em raças parda e branca. Indo além, houve grande ocorrência na macrorregião centro-norte do estado, o que reforça a necessidade de medidas para conscientizar melhor essa população a respeito do combate ao agente vetor.

Publicado

2023-08-02