A RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM PACIENTES QUEIMADOS NO TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Abstract

INTRODUÇÃO: O tratamento pré-hospitalar para pacientes queimados aborda o XABCD do trauma e a avaliação de possíveis lesões como prioridades. Ao se tratar da profundidade das queimaduras podemos categorizá-las em graus, englobando do primeiro ao quarto, que podem evoluir e se aprofundar nas primeiras 24 a 48 horas. Uma outra classificação refere-se ao tipo, sendo principalmente elétricas e químicas. Os pacientes que sofreram queimaduras graves necessitam de uma ressuscitação cardiopulmonar imediata. OBJETIVOS: Analisar o atendimento do paciente queimado na esfera pré-hospitalar, assim como a influência no âmbito emergencial, além da relação entre mortalidade e ressuscitação cardiopulmonar. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa utilizando a pesquisa de artigos científicos no Scielo e na PubMed, em outubro de 2020, sem restrição de língua e com restrição de cinco anos, através dos descritores "Burns", "Emergencies" e "Resuscitation" associados ao operador booleano AND. RESULTADOS: Foram encontrados 184 artigos, dos quais 162 foram descartados pela leitura do título, 14 pela leitura dos resumos, sendo selecionados oito artigos para leitura completa, destes apenas quatro foram usados para a realização da pesquisa. DISCUSSÃO: Os principais objetivos do cuidado pré-hospitalar são reduzir a dor, minimizar a extensão da queimadura, sendo importante seguir a ideia de "resfriar a queimadura, mas aquecer o paciente". Os pacientes queimados apresentam em sua fase inicial uma diminuição do pH arterial e da escala de Glasgow, um aumento do lactato, além de necessitar de uma ressuscitação cardiopulmonar pré-hospitalar, que se iniciada imediatamente ao trauma, mesmo em queimaduras graves, possibilita o retorno total da função cardíaca. CONCLUSÃO: O serviço médico de emergência reconhece pacientes gravemente feridos e os beneficia ao avaliar as queimaduras. A realização da ressuscitação cardiopulmonar em pacientes queimados é benéfica para alguns, entretanto a maioria não apresenta uma sobrevida de longo prazo quando submetidos, sendo provável até mesmo que não sobrevivam. O pH baixo e o alto lactato imciais estão associados à maior necessidade de ressuscitação em pacientes com queimaduras críticas e, em geral, a maior mortalidade e morte precoce naqueles que não se submeteram a ressuscitação.