USO DE TELAS E O IMPACTO NA SAÚDE MENTAL DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Palavras-chave:
Crianças e adolescentes, Uso de mídias digitais, Desenvolvimento neurocognitivo, Distúrbios mentaisResumo
INTRODUÇÃO: O uso excessivo de telas por crianças e adolescentes tem se mostrado um fator preocupante para a saúde mental, sendo associado a problemas como distúrbios de sono, depressão e pensamentos suicidas. Estudos revelam que muitos são expostos a conteúdos que funcionam como gatilhos emocionais, abordando temas como alimentação, drogas e suicídio. Além disso, o uso de dispositivos eletrônicos durante a noite prejudica a qualidade do sono devido à exposição excessiva da luz azul dos dispositivos, criando uma dependência emocional que pode ser comparada ao vício em substâncias ilícitas, agravando ainda mais a vulnerabilidade emocional. OBJETIVO: Investigar os efeitos do uso excessivo de telas na saúde mental de crianças e adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, realizada a partir de artigos nacionais e internacionais publicados nos últimos 5 anos, disponíveis nas bases de dados Pubmed e Portal de Periódicos CAPES, utilizando os descritores: “Screen time”, “Mental Health” e “Children”. RESULTADO: A partir das análises realizadas, observou-se que o uso excessivo de mídias digitais por crianças e adolescentes está associado a problemas na saúde mental e no desenvolvimento neurocognitivo dessa população, afetando sua evolução intelectual. A exposição precoce às mídias digitais, intensificada pelo aumento do uso de telas e pela redução das atividades físicas durante a pandemia de COVID-19, resultou em uma elevação significativa na ocorrência de sintomas depressivos, transtornos de ansiedade, insônia e dificuldades nos relacionamentos interpessoais. O tempo excessivo de visualização de telas impacta estruturas cerebrais específicas, como o córtex pré-frontal e o hipocampo, levando ao subdesenvolvimento neurológico e prejudicando funções cognitivas e emocionais. Além disso, a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos pode desregular o ciclo circadiano, resultando em distúrbios do sono que agravam os problemas de saúde mental. A falta de mediação parental, hábitos alimentares inadequados e a ausência de interações sociais saudáveis, quando combinadas com o uso desequilibrado das tecnologias digitais, comprometem gravemente o bem-estar dos jovens, contribuindo para o surgimento de doenças psíquicas, como o TDAH, e danos à saúde física, como a obesidade. CONCLUSÃO: Conclui-se que, dessa forma, o uso excessivo de mídias digitais por crianças e adolescentes, agravado pela pandemia, resulta em sérias consequências, como o aumento de sintomas depressivos, problemas de relacionamentos entre os jovens, transtornos de ansiedade e até mesmo obesidade, devido ao sedentarismo, além de prejudicar o sono. Esses fatores afetam negativamente o bem-estar dos jovens e a formação de relacionamentos interpessoais saudáveis. A mediação parental é importante para mitigar esses riscos, visto que a falta de supervisão intensifica os efeitos negativos. Portanto, estabelecer limites e promover interações sociais saudáveis é essencial para garantir um desenvolvimento equilibrado e positivo para as crianças e os adolescentes.
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