O USO DE MEDICAMENTOS PSICOESTIMULANTES POR ESTUDANTES DE MEDICINA NO BRASIL: ANÁLISE DA LITERATURA

Autores

  • Gabriela Galvão Costa Silva Unifacid. Teresina - PI
  • Ana Beatriz Resende da Silva Unifacid. Teresina - PI
  • Ana Clara Meireles Pinho Sobral Unifacid. Teresina - PI
  • Marina Sanchez de Barros Araújo Unifacid. Teresina - PI
  • Matheus de Carvalho Rodrigues Unifacid. Teresina - PI
  • Carla Kelly Barroso Sabino Unifacid. Teresina - PI

Palavras-chave:

Estimulantes do sistema nervoso central, Revisão sistemática, Uso de fármacos

Resumo

INTRODUÇÃO: Os psicoestimulantes são um grupo de substâncias que possuem a capacidade de aumentar o estado de alerta e de atenção do indivíduo, pois apresentam mecanismos de ação que aprimoram o desempenho cognitivo. O uso cada vez mais frequente por acadêmicos de medicina tem se tornado um tema relevante devido aos efeitos e riscos da utilização desses fármacos sem prescrição. Logo, a análise desse fenômeno pode contribuir para investigar as principais consequências adversas desse processo, tais como a diminuição da qualidade de vida e a interferência na saúde mental. OBJETIVO: Analisar o uso de psicoestimulantes por acadêmicos de medicina no Brasil, avaliando os impactos desse hábito na saúde dos estudantes. METODOLOGIA: Tratou-se de uma revisão sistemática da literatura científica, através da busca de artigos nas plataformas Pubmed, Scielo e Periódico CAPES. Foram selecionados artigos publicados nos últimos dez anos, com estudantes de medicina do Brasil, que apresentavam o tipo de estudo quantitativo observacional, com aplicação de questionários e outras revisões sistemáticas, totalizando 12 artigos. Por fim, os dados obtidos foram organizados para examinar a prevalência do uso dos psicoestimulantes e de seus efeitos. RESULTADOS: A partir dos estudos analisados, observou-se uma elevada incidência de uso de psicoestimulantes por acadêmicos de medicina no Brasil durante a graduação, principalmente nos anos que exigem maior desempenho em exames e trabalhos. Os psicoativos mais utilizados incluem metilfenidato, venvanse, cafeína e bebidas energéticas, sendo que grande parte dos medicamentos citados é adquirida sem prescrição médica. As principais motivações para o uso são inibir o sono, aumentar a concentração e melhorar o desempenho acadêmico, especialmente em períodos de alta demanda, como durante as provas e na execução de trabalhos acadêmicos, haja vista que esses psicoativos atuam no sistema nervoso central, aumentando a atividade de neurotransmissores, como dopamina e norepinefrina, que são fundamentais para funções cognitivas como a concentração. Nesse contexto, os fármacos são amplamente utilizados, em grande parte, para combater déficits de atenção, como o TDAH. Entre os riscos mais destacados do uso inadequado das substâncias estimulantes estão a ansiedade, arritmias cardíacas e o potencial de desenvolver dependência. CONCLUSÃO: O estudo evidencia que o uso de psicoestimulantes entre acadêmicos de medicina no Brasil é um fenômeno significativo, motivado principalmente pelo desejo de aumentar a concentração e lidar com as exigências do curso. No entanto, existem alguns riscos dessa prática, como ansiedade e dependência. Conclui-se, portanto, que é fundamental implementar estratégias educativas para conscientizar os estudantes sobre os riscos do uso inadequado dessas substâncias psicoativas e promover alternativas saudáveis para a concentração e otimização dos estudos.

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Publicado

16-04-2025