IMUNOSSUPRESSÃO INDUZIDA E PROGNÓSTICO DA COVID-19: QUAL A RELAÇÃO?

Authors

  • Pedro Henrique Borges Barros Centro Universitário Facimed - UNIFACIMED
  • Rhélrison Bragança Carneiro Centro Universitário Facimed - UNIFACIMED
  • Silvio Cesar de Albernaz Faria Centro Universitário Facimed - UNIFACIMED

Keywords:

COVID-19, Imunossupressão, Citocinas

Abstract

Introdução: A infecção causada pelo SARS-COV-2, COVID-19, têm prognóstico atrelado ao grau de ativação do sistema imune por meio da "tempestade de citocinas". A proteína Spike (S) medeia a entrada do vírus na célula hospedeira através do receptor da Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2). Ao adentrar a célula, o SARS-COV-2 provoca uma ativação exacerbada dos mecanismos imunes inatos e, consequentemente, estimula a produção continuada de citocinas pró-inflamatórias, como IL-IP, IL-6 e TNF. Objetivos: Apresentar possíveis mecanismos fisiopatológicos que permeiam a correlação entre o estado de imunossupressão induzida ao prognóstico favorável da COVID-19. Metodologia: A pesquisa consiste numa revisão sistemática de literatura a partir das bases de dados em ciências médicas, sendo elas, PubMed, SciElo e LILACS por meio dos descritores "COVID-19", Imunossupressão" e "Citocinas" que resultou, após critérios de inclusão e exclusão, na seleção de cinco (5) artigos para composição da pesquisa. Resultados e discussão: Embora pacientes em imunossupressão induzida tendam a apresentar maior suscetibilidade a infecções graves, como a causada pelo SARS-COV-2, os efeitos anti-inflamatórios dos imunossupressores parecem estar ligados ao prognóstico favorável do COVID-19. Fármacos como a Ciclosporina A, que reduzem a produção de IL-2; Tacrolimus, que reduz a liberação de IL-2 e IL-17; Tocilizumabe, um antagonista do receptor de IL-6; e Anakinra, antagonista do receptor da IL1; parecem ter um papel importante no manejo da infecção viral por meio da interrupção da hiperinflamação e, consequentemente, da síndrome de liberação de citocinas associadas ao SARS-COV-2 que levam à super ativação imune. Conclusões: Por meio das observações, conclui-se que a terapia imunossupressora parece ter um papel inibitório da cascata de citocinas ocasionadas pela COVID-19, por reduzir a comunicação celular inatahumoral e, dessa forma, a auto inflamação; levando à quadros controlados da doença. Apesar dos achados, devem ser conduzidos estudos de forma a averiguar a eficácia, ou não, de imunoterapia no tratamento da infecção causada pelo SARS-COV-2.

Published

2023-08-02