EFEITOS COLATERAIS PREDOMINANTES NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Introdução: O câncer de mama é caracterizado pela multiplicação desordenada das células mamárias e uma das neoplasias malignas mais prevalentes mundialmente. Situado como a primeira causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras, seu tratamento pode provocar importantes efeitos colatemis fisicos e psicológicos. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre os principais efeitos colaterais da terapêutica em pacientes acometidos pelo câncer de mama. Metodologia: Houve a seleção de artigos publicados nos últimos dez anos (2010-2020) e disponíveis na plataforma científica SciELO. Foram considerados os artigos que abordam sobre os efeitos colaterais oriundos do tratamento do câncer de mama na espécie humana, em ambos os gêneros, e sem restrições quanto à faixa etária. Resultados e discussão: A partir da pesquisa na plataforma SciELO, foram encontrados 20 artigos, 12 dos quais enquadravam-se nos critérios descritos na metodologia. A análise geral desses estudos permite afirmar que o tratamento do câncer de mama pode ser dividido em local ou sistêmico, e varia segundo o estadiamento da doença, as condições prévias do paciente e as características biológicas tumorais. Constata-se que os artigos revelam pontos de convergência ao dissertar sobre os principais efeitos colaterais no tratamento do câncer de mama, seja na esfera cirúrgica ou na quimioterápica. Os principais efeitos colaterais elencados pelos artigos foram a alopecia, o linfedema, as alterações ponderais (ganho ou perda de peso) e as mudanças nas mamas (mastectomia parcial ou total). No aspecto emocional, a depressão é um desdobramento terapêutico relevante, uma vez que as mudanças fisicas ocasionadas pelos efeitos colaterais podem afetar a autoestima dos pacientes, reforçando a importância do acompanhamento psicoterápico concomitante ao tratamento. Conclusões: Portanto, percebe-se que o câncer de mama afeta a saúde fisica dos pacientes não apenas na fase tumoral, mas também no processo de tratamento, que pode apresentar efeitos colaterais importantes e, inclusive, acometer a saúde psicológica dos pacientes.