SÍNDROME DE BURNOUT NA CLASSE MÉDICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Introdução: Síndrome de Burnout (SB) é definida como sendo um estado de exaustão causado pela atividade profissional. Considera-se que os profissionais e estudante da área da saúde, pela constante exposição a mecanismos estressores, apresentam risco mais elevado de desenvolverem SB. Objetivos: Descrever fatores que contribuem para alta incidência de SB na classe médica trabalhadora e estudantil e proposta terapêutica. Metodologia: Estudo qualitativo do tipo revisão de literatura narrativa, no qual analisou-se as bases de dados Bireme, Pubmed e Scielo; sendo os termos “Síndrome de Burnout” e seus correspondentes utilizados para busca. Selecionou-se os publicados entre 2009 e 2020. De 137 artigos, restauram-se 11 manuscritos, cujas interpretações foram feitas à luz da análise do conteúdo e aqui sintetizadas. Resultados e discussão: A SB entre os médicos vem sendo amplamente discutido na literatura como um fenômeno epidêmico. Tal síndrome ainda é tida como uma patologia estigmatizada, pois os profissionais tendem a sentir que estão aquém das expectativas por precisarem de ajuda ou até mesmo inferiorizados por não estarem suprindo suas demandas de trabalho, criando uma barreira que os impede de falar sobre o impacto do esgotamento. Estudantes de medicina também apresentam grande risco de desenvolver Burnout, ocorre que tal grupo enfrenta muitos fatores de estresse, além de trabalharem com a maior grade curricular de todos os cursos. No tangente aos fatores de risco lista-se: presença de doença física, uso de medicamentos, insatisfação com o currículo acadêmico ou carreira e afins. Quanto ao manejo clínico, a associação de medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos, e terapias não farmacológicas, como: hipnoterapia, acupuntura e exercício físico tendem a oferecer melhores resultados do que terapias isoladas Conclusão: Conclui-se que os fatores que apoiam a alta incidência da SB são, principalmente, aqueles vinculados às situações de excesso de cobranças tanto em relação aos trabalhadores como aos estudantes. Como proposta de manejo, percebeu-se que a associação de terapia medicamentosa com não farmacológica é superior ao uso isolado de uma.