AVALIAÇÃO PEDIÁTRICA POR ACADÊMICOS DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Resumo

Introdução: A disciplina Interação Ensino-Serviço na Comunidade (IESC) é a primeira oportunidade acadêmica na medicina de contato com a prática médica, por meio de acompanhamento de consultas, visitas domiciliares, palestras escolares e mutirões. O presente relato objetiva expor a visão de acadêmicos quanto à experiência em mutirões da criança e do adolescente. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo qualitativo, com relato de experiência que ocorreu no ano de 2019. Relato: No IESC do terceiro semestre, os mutirões são uma das atividades realizadas pelos acadêmicos, sob a supervisão dos preceptores e agentes comunitários de saúde da Unidade Básica de Saúde, a fim de colher dados antropométricos, avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor, verificar a atualização das vacinas e a suplementação de vitaminas e ferro, de acordo com o recomendado pela caderneta da saúde da criança e do adolescente, além de oferecer orientações, sanar as dúvidas dos responsáveis e, se houver necessidade, encaminhar a outros profissionais da saúde. O modelo mutirão foi adotado, devido a possibilidade de assistir uma população maior, bem como separar momentos entre crianças e adolescentes, os quais exigem atendimento compatível à idade. Como exemplo, no mutirão da criança, a faixa etária atendida é de 0 a 11 anos em um ambiente lúdico, para facilitar a interação durante a consulta. No entanto, o atendimento aos adolescentes exige um ambiente mais acolhedor e seguro, para que os mesmos se sintam confortáveis para relatar e perguntar sobre as mudanças corporais, devido à puberdade, e dispostos a ouvir as orientações sobre as infecções sexualmente transmissíveis, os riscos do uso de drogas, a gravidez não planejada e a importância da perspectiva de futuro, quanto aos estudos e carreira profissional. Considerações Finais: O IESC contribui com a formação médica, por meio do exercício da relação médico-paciente-equipe multidisciplinar, além de promover uma postura de adaptação e empatia, diante da população e do sistema público de saúde. Portanto, essa disciplina promove um imprescindível papel à consolidação do conhecimento teórico-prático, principalmente devido a oportunidade de vivência, avaliação e acompanhamento de diversas etapas da vida.