ESTUDO DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS NO MUNICÍPIO DE ALTO ARAGUAIA – MT
Palavras-chave:
Uso de medicamentos, Farmacoepidemiologia, PsicotrópicosResumo
Os medicamentos psicotrópicos são aqueles que agem no SNC, através da Portaria 344/98 a Secretaria de Vigilância Sanitária passou a controlar a dispensação desse tipo de medicamento através de receituários especiais que são obrigatoriamente preenchidos pelos médicos e necessários no ato da dispensação. A prescrição é dirigida ao farmacêutico, que deve dispensar e orientar o paciente. Com o aumento do número de prescrição e consequentemente de dispensação, torna-se necessário observar se essa dispensação está sendo feita de acordo com as exigências do órgão sanitário vigente, quais as classes de medicamentos estão sendo mais utilizadas e verificar o motivo do aumento dessa utilização. Os psicotrópicos, quando utilizados por um período prolongado, causam dependência química e o uso indiscriminado são um dos fatores preocupantes dos profissionais da saúde. Uma prescrição médica deve conter informações fundamentais sobre o medicamento, tais como: nome do medicamento em letra legível, dose, frequência de administração, duração do tratamento, via de administração, data da prescrição, nome do paciente, nome do médico prescritor e registro no Conselho Regional de Medicina. A análise do consumo de psicotrópicos foi feita na Farmácia Básica do Centro de Saúde de Alto Araguaia – MT. A amostra da pesquisa foi constituída por 484 prescrições médicas aleatórias do mês de janeiro e fevereiro de 2014. De um total de 547 medicamentos prescritos, os medicamentos dispensados em maior quantidade foram: Diazepam (127), Amitriptilina (105), Carbamazepina (86) e Fenobarbital (68). Observou um grande consumo de medicamentos psicotrópicos por essa população vulnerável, com predomínio de anticonvulsivantes. O gênero feminino correspondeu à maioria dos pacientes usuários de benzodiazepínicos (52,27%). As falhas na prescrição e dispensação de psicotrópicos podem colocar em risco a saúde dos pacientes. Para tanto o profissional deve conhecer o seu papel na corrente de ações necessárias à medicação de um paciente, para que desenvolva seu papel com responsabilidade, eficiência, segurança e consciência.