Amelogênese imperfeita: os desafios do tratamento restaurador

Autores

  • Carolina de Jesus Meireles Ribeiro Pinho Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Vitória Celeste Fernandes Teixeira do Carmo Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Laísa Araújo Cortines Laxe Universidade Federal de Juiz de Fora

Palavras-chave:

Anomalia Dentária., Amelogênese Imperfeita, Reabilitação

Resumo

Amelogênese imperfeita (AI) é uma anomalia dentária de desenvolvimento de caráter hereditário, classificada de acordo com a apresentação de suas características fenotípicas. Diagnosticada por meio de exames clínicos, radiográficos e história médica familiar, devendo ser classificada corretamente para determinação de um plano de tratamento eficaz. Pode causar desconforto, pobreza estética, sensibilidade dentária, má oclusão, dificuldades fonéticas, mastigatórias e psicossociais. O presente trabalho analisou as condutas clínicas mais frequentemente adotadas para os tratamentos restauradores de dentes com AI, por meio de uma revisão de literatura, a partir das seguintes bases de dados: Pubmed, Lilacs, Scopus e SciELO. Diversos tipos de tratamentos foram encontrados, porém observou-se que todos seguiam três fases em comum: a fase preventiva para adequação do meio oral e manutenção da saúde; a fase provisória, buscando preservar os remanescentes dentários e a fase restauradora, representada pelos tratamentos restauradores definitivos através de técnicas diretas e/ou indiretas. Devido a alterações nas estruturas do esmalte, a longevidade de restaurações diretas tende a ser inferior à das indiretas, o que explica a grande predileção por tratamentos restauradores indiretos para os casos de AI entre os profissionais. Conclui-se, portanto, que o tratamento da AI tem caráter complexo, multidisciplinar e necessita de uma abordagem individualizada. Cabe ao cirurgião-dentista a melhor escolha de tratamento para o paciente, considerando as alterações das propriedades mecânicas dos materiais restauradores quando associados ao esmalte alterado e fragilizado. Ressalta-se a importância da publicação de mais estudos clínicos longitudinais considerando a possibilidade de tratamentos efetivos para a AI.

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Publicado

2023-12-12

Edição

Seção

Artigos