Psicologia comunitária e suas possibilidades no campo da saúde mental
Mots-clés :
Psicologia Social Comunitária, Políticas públicas de saúde mental, Reforma PsiquiátricaRésumé
O presente artigo é um desenvolvimento de um recorte de pesquisa em andamento na Universidade Estácio de Sá, campus Nova Friburgo, Rio de Janeiro, que recebe apoio do Programa de Pesquisa Produtividade da referida instituição. O texto tem como objetivo discutir as possíveis contribuições da Psicologia Social Comunitária nas políticas públicas de saúde mental, articulando alguns conceitos e práticas de ambos os campos. Inicialmente, apresentamos um panorama da Psicologia Comunitária na América Latina, em especial no Brasil. Em seguida, realizamos uma breve exposição do campo da saúde mental no contexto da Reforma Psiquiátrica. Argumentamos que as transformações relacionadas à Reforma Psiquiátrica potencializam e fomentam saberes e práticas em Psicologia Comunitária na saúde mental. Apesar do texto não esgotar as muitas e múltiplas articulações entre campos tão amplos, podemos partir do pressuposto de que as contribuições teóricometodológicas da Psicologia Comunitária representam um instrumento efetivo para somar forças junto à mudança da cultura manicomial, permitindo a emergência de novos discursos e práticas que possibilitem tensionamentos nas relações desiguais de poder da sociedade, fomentando a transformação social.