Frequência de síndromes demenciais e análise da funcionalidade em idosas institucionalizadas

Abstract

Introdução: Com a longevidade aumentando, maior a suscetibilidade de síndromes demenciais, podendo ocasionar declínio cognitivo e funcional. Objetivo: Analisar a cognição e a capacidade funcional em mulheres residentes em instituições de longa permanência do Munícipio de Juiz de Fora (MG), bem como realizar um levantamento da frequência de síndromes demenciais. Metodologia: Estudo quantitativo e transversal, voluntárias do sexo feminino, com idade igual ou superior a 60 anos. Foram aplicados os testes: Mini Exame do Estado Mental (MEEM); Índice de Katz e a Avaliação Clínica de Demência (CDR). Em um primeiro momento realizou-se análise descritiva das variáveis para caracterização da amostra como média, desvio padrão e porcentagem. Posteriormente foi feito o teste Mann-Whitney para comparar as médias dos testes e por fim, o teste qui-quadrado para analisar associação entre as variáveis de interesse. Para todas as análises foi adotado nível de significância p≤0,05. Resultados: Na instituição 1, das 18 idosas avaliadas, 9 (50%) foram classificadas com demência grave, 4 (22,2%) questionável, 3 (16,6%) leve e 2 (11,1%) moderada. Em contrapartida, dos 17 avaliados da instituição 2, 5 (29,4%) das idosos apresentavam demência leve, 4 (23,5%) moderada, 4 (23,5%) questionável, 3 (17,6%) grave e 1 (5,8%) nenhum comprometimento. Houve associação estatisticamente significativa entre a pontuação no Katz e o CDR Julgamentos (x²=19,14; p=0,001); entre Katz e CDR Comunidade (x²=11,14; p=0,025) e entre Katz e CDR cuidados (x²=23,14; p=0,000). Conclusão: A piora no desempenho na funcionalidade estava estatisticamente associado ao estágio do quadro demencial, sendo que quanto mais grave o declínio cognitivo, pior a capacidade funcional.