GRAVIDEZ E INFECÇÃO POR SARS-CoV-2: O que sabemos até o momento?
Resumo
A infecção causada pelo novo vírus SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19, é emergente e de rápida disseminação via contato direto e indireto. Os impactos da doença na gravidez ainda são pouco conhecidos e requerem mais estudos para o total conhecimento das manifestações. Objetivo: O presente artigo objetivou descrever as principais evidências acerca das consequências da COVID-19 em gestantes e em recém-nascidos de mães infectadas pelo vírus. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de um procedimento de revisão bibliográfica, sendo esse de caráter descritivo e com abordagens qualitativas. Os 27 artigos utilizados na pesquisa foram extraídos das bases de dados da Scielo, Pubmed e Lilacs, todos referentes ao ano de 2020. Resultados e conclusão: Estudos efetuados até o momento sugeriram que na maioria das gestantes, a doença se manifestou de forma branda, porém foram registrados óbitos. Grande porcentagem dos recém-nascidos acometidos pela doença apresentaram manifestações leves. Alguns estudos sugerem a infecção de recém-nascidos, entretanto, não afirmam se a transmissão foi transplacentária, durante o parto ou na amamentação. Portanto, a continuidade de incentivos tanto ao parto normal, quanto a amamentação, devem ser interagidas pela equipe de atenção a gestante. O aleitamento materno, ainda sob essas condições, não demonstrou maiores riscos de contágio ao recémnascido. Levando em consideração os seus benefícios, é de fundamental importância a continuidade da prática, desde que se considere os meios de higiene. Contudo, estudos científicos sobre COVID-19 em gestantes ainda é escassa, portanto, estudos aprofundados sobre o assunto deveriam ser estimulados no Brasil e no mundo.