SEPARAÇÃO CONJUGAL: COMPREENDENDO VIVÊNCIAS DE APEGO, PERDAS E LUTO EM MULHERES APÓS O TÉRMINO

Resumo

A separação conjugal é o rompimento do vínculo afetivo de um casal, geralmente marcado por brigas, acusações e desvalorização do parceiro. A instabilidade, insegurança e a sensação de estar perdido, surgem com toda força após a separação. No início, as providências burocráticas da ruptura desse vínculo afetivo mantêm as mulheres ocupadas, tempos depois, emerge a confusão e as dificuldades de reorganizar-se. Sentimentos de angústia, desesperança e abandono, raiva, tristeza e luto acabam desencadeando ansiedade seguida de depressão. Em função disso, este artigo objetivou investigar o processo de luto vivenciado por mulheres em decorrência do término de suas relações conjugais. Para o alcance do objetivo deste trabalho foi realizada uma pesquisa do tipo bibliográfica básica, com uma busca aprofundada acerca do tema. As mulheres apontam para a dificuldade na elaboração da perda, e atribuem alguns fatores motivadores desse término como a infidelidade masculina, diferença de interesses e até mesmo a classe social. Analisando o doloroso processo de reconstrução da identidade individual, constata-se que a separação é uma oportunidade de transformação dessas mulheres modificando sua realidade, se redescobrir, se tornando mais soberana e independente em relação a futuras relações. Diante do exposto, foram sugeridos auxílio através de algumas abordagens da Psicologia, pois acredita-se na importante contribuição do auxílio terapêutico no que se refere ao manejo do luto.