USO DO DISPOSITIVO INTRAVAGINAL DE PROGESTERONA (P4), EM ÉGUAS NA FASE DE ANESTRO PARA RETORNO AO ESTRO – RELATO DE CASO

Autores

  • Karolyne Lees da Silva Bonfim Centro Universitário Estácio da Amazônia
  • Camila Oliveira Silveira Centro Universitário Estácio da Amazônia
  • Erika Carla Ribeiro Aragão Centro Universitário Estácio da Amazônia

Palavras-chave:

progesterona, Anestro, égua

Resumo

Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), dados de 2014, o Brasil tem o quarto maior rebanho eqüino do planeta (58,832 milhões de cabeças), os brasileiros e inúmeros outros povos historicamente se associaram à força e à mobilidade do cavalo no transporte, no lazer, no uso policial e militar e na saúde física e mental do ser humano, criando uma relação permanente com o meio ambiente. Na equinocultura, como em qualquer atividade agrícola em que se busca produtividade e eficiência, tem aumentado a procura por tecnologias modernas e econômicas, devidamente adaptadas às condições tropicais. Os equinos são animais poliéstricos sazonais, fotoperiódico positivos, apresentando ciclos reprodutivos em estações definidas do ano, primavera e verão, e estações com ausência ou baixa atividade reprodutiva, outono e inverno. A necessidade da maximização do período reprodutivo, bem como a definição de um ano hípico iniciando em julho, no hemisfério sul levou ao desenvolvimento de técnicas para diminuir o tempo que essas éguas permanecem em anestro reprodutivo. O uso de técnicas de manejo reprodutivo e nutricional, adaptadas às nossas condições de criação, é imprescindível para alcançar sucesso na equinocultura. O presente estudo tem como objetivo observar o desenvolvimento folicular em éguas que se encontram na fase de anestro com à inserção do dispositivo de liberação lenta de progesterona e, verificar se este procedimento antecipa o início da ciclicidade ovariana.

Referências

ADAMS, G.P.; BOSU, T.K. Reproductive physiology of the nonpregnant mare. Veterinary Clinics of North America: Equine Pratice, v.4, n.2, p.161-75, 1988.

ANDRADE MOURA, J. C. Diagnóstico por imagem na reprodução equina “Controle do útero”. Ciên. Anim., v. 22, n.1, p. 163, 2012.

AURICH, C. Reproductive cycles of horses. Animal. Reproduction. Science, v. 124, p.220–228, 2011.

CAPEN, C. C.; MAERTIN, S. L. The pituitary gland. In: McDonald LE, Pineda MH, eds. Veterinary Endocrinology and Reproduction. Philadelphia: Lea & Febiger, 1989,80p.

CARNAVALE, E. M.; GINTHER, O. J. Age and pasture effects on vernal transition in mares. Theriogenology, v.47, p.1009-1018, 1997.

DEBUS N, BREEN KM, BARRELL GK, BILLINGS HJ, BROWN M, YOUNG EA, KARSCH FJ. Does cortisol mediate endotoxin-induced inhibition of pulsatile luteinizing hormone and gonadotropin-releasing hormone secretion? Endocrinology, v.143, p.3748-3758, 2002.

DE OLIVEIRA FILHO, L. R.; DANEZE, E. R.; D'AURIA, E.; SCHUTZER, C. G. de C. Efeito do implante intravaginal de progesterona sobre a ciclicidade de éguas em anestro da raça quarto de milha. Nucleus Animalium, v. 4, n. 2, p. 113-119, 2012.

DONADEU, F.X.; WATSON, E.D. Seasonal changes in ovarian activity: Lessons learnt from the horse. Animal Reproduction . Science, v.100, p.225–242, 2007.

FITZGERALD, B. P.; MCMANUS, C. J. Photoperiodic versus metabolic signals as determinants of seasonal anestrus in the mare. Biology of Reproduction, v. 63, n.1, p. 335–340, 2000.

GINTHER, O.J. Reproductive biology of the mare: basic and applied aspects. 5.ed. Ann Arbor : McNaugthon and Gunn, 1979. p.315-23.

GINTHER O.J. 1992. Reproductive Biology of the Mare, Basic and Applied Aspects. 2th ed. Equiservices Publishing, Cross Plains. 642p.

HAFEZ, E.S.E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. 7ª ed., São Paulo: Manole, 2004, 503p.

HERNANDES, A.. Fisiologia do Sistema Reprodutivo das Éguas. 2020. Disponível em: https://atpveterinaria.com.br/fisiologia-do-sistema-reprodutivo-das-eguas/. Acesso em 5 de Maio de 2024.

HUGHES, J. P.; STABENFELDT, G. H.; EVANS, J. W. The oestrus cycle in the mare and its uterine control. Aust. Vet. Journ., v. 53, p. 415-419, 1977.

KUBIAK, J. R.et al. The influence of energy intake and percentage of body fat on the reproductive performance of nonpregnant mares. Theriogenology, v.28, p.587-598, 1987.

LARSEN, J.E.; NORMAN, S.T. The. Synchronisation of Oestrus and Ovulation in the Mare. RIRDC – Rural Industries Research and Development Corporation, Innovation for rural Australia, v. 10, n.202,p. 7-13.2010

LEONHARDT, S. A.; EDWARDS, D. P. Mechanism of action of progesterone antagonists. Experimental Biology and Medicine, v. 227, p. 969-980, 2002.

LINDEBERG, H.; KUNTSI, H.V.; KATILA, T. Predicting ovulation in the mare. In: INTERNATIONAL CONGRESS ON ANIMAL REPRODUCTION, 12., Netherlands, 1992. Free communications. Hague, Netherlands, 1992. V.4, p.144-6.

MAIA OLIVEIRA, G.H. et al. Fisiologia e fatores interferentes na reprodução de éguas. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto de ciência Agrárias, Montes Claros. Ciência Animal, v. 29, n.4, p.112-123, 2019.

McKINNON, A. O.; VOSS, J. L. Equine Reproduction. EUA: WILLIAMS & WILKINS. 1993, 1137P.

NEWCOMBE, J. R.; HANDLER, J.; KLUG, E. et al. Treatment of transition phase mares with progesterone intravaginally and with deslorelin or hCG to assist ovulations. Journal of Equine Veterinary Science, v. 22, n. 2, p. 57-64, 2002.

NELSON, E.M.; KIEFER, B.L.; ROSER, J.F. Serum estradiol 17ß concentrations during spontaneous silent estrus and after prostaglandins treatment in the mare. Theriogenology, v.23, p.241-62, 1985.

PICKETT, B.W.; SQUIRES, E.L.; MCKINNON, A.O.; SHIDELER, R.K.; VOSS, J.L. Management of the mare for maximum reproductive efficiency. Fort Collins: Colorado State University, 1989. 135p.

PIERSON, R.A. Folliculogenesis and ovulation. In: MCKINNON, A.O.; VOSS, J.L. (Eds.). Equine Reproduction. Malvern: Lea e Febiger, 1993. p.161-171.

PTASZYNSKA, M. et al. Compêndio de Reprodução animal. Intervet, 9ed., p. 399. 2007.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª Edição, Editora Feevale, 2013.

DE QUEIROS, A. F. Avaliação uterina e cervical de receptoras de embrião equino no agreste meridional de Pernambuco. Disponível em: TCC - ALINE FRANCELINA DE QUEIROS.pdf (ifpb.edu.br). Acesso em 17 de Novembro de 2024.

SAPOLSKY RM, ROMERO ML, MUNCK AU. How do glucocorticoids influence stress responses? Integrating permissive, suppressive, stimulatory, and preparative actions. Endocrinology, v.89, p.21-55. 2000

SCHUTZER, C. G. de C. Utilização do implante de progesterona intra-vaginal e acetato de deslorelina em éguas acíclicas associados ou não a luz artificial para o controle da sazonalidade reprodutiva. 2012. Botucatu, 75f. Dissertação (Mestrado em Reprodução Animal) – Curso de Pós-graduação em Reprodução Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista.

SILVA, C. et al, "Manual técnico-Acompanhamento reprodutivo em éguas. Theriogenology, 82.9: p1241-1245, 2020.

SILVA2 - Biologia reprodutiva de éguas: estudo do ciclo estral e momento de ovulação*. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bjvras/a/VrLFR4CWngrC7SsMQyHQz5D/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 03 de Junho de 2024.

SAVIO, J. D.; THATCHER, W.W.; BADINGA, L.; DE LA SOTA, R. R.; WOLFENSON, D. Regulation of dominant follicle turnover during the oestrous cycle in cows. Journal of Reproduction and Fertility, v.97, p.197-203,1993.

VIGO, F.; LUBIANCA, J. N.; CORLETA, H. E. Progestagens: pharmacology and clinical use. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n3/a2498.pdf. Acesso em 30 de Maio de 2024.

SWENSON, M. J.; REECE, W. O. Dukes - Fisiologia dos animais domésticos. 11°ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro: 1996, 902 p.THATCHER, W. W.; GUZELOGLU, A.; MATTOS, R.;

Downloads

Publicado

2025-04-11

Como Citar

Lees da Silva Bonfim, K. ., Oliveira Silveira, C. ., & Carla Ribeiro Aragão, E. . (2025). USO DO DISPOSITIVO INTRAVAGINAL DE PROGESTERONA (P4), EM ÉGUAS NA FASE DE ANESTRO PARA RETORNO AO ESTRO – RELATO DE CASO. Revista Multidisciplinar Pey Këyo Científico - ISSN 2525-8508, 11(1). Recuperado de https://estacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/pkcroraima/article/view/3789