FITOTERAPIA: APLICAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL

Resumo

A fitoterapia complementa o tratamento não cirúrgico, melhorando resultados e reduzindo efeitos adversos dos tratamentos convencionais. Plantas como Camomila, Aroeira, Romã, Própolis e Aloe Vera possuem propriedades terapêuticas, como antimicrobianas e anti-inflamatórias, sendo eficazes na odontologia. Sua integração oferece uma abordagem holística, menos invasiva, promovendo melhor qualidade de vida e eficiência no serviço de saúde odontológico. OBJETIVO: O objetivo deste artigo foi ampliar a compreensão da fitoterapia no tratamento das doenças do sistema estomatognático e promover o conhecimento e importância das plantas medicinais como um tratamento adjunta eficaz. METODOLOGIA: O presente trabalho foi realizado através de revisão literária, com artigos dos últimos 10 anos, focando em novas abordagens terapêuticas na odontologia. Foram selecionados 2 artigos de revistas odontológicas, 1 estudo do Scielo e 3 publicações de jornais. A análise evidenciou uma tendência crescente no uso da fitoterapia na Odontologia como uma terapia coadjuvante ao tratamento conservador para doenças bucais. Observou-se também um aumento significativo na pesquisa sobre plantas medicinais e sua relação com doenças sistêmicas. RESUTADOS E DISCUSSÃO: Na odontologia, a fitoterapia é utilizada para tratar doenças bucais e doenças sistêmicas com sintomas orais. Plantas como Camomila, Aroeira, Romã e Aloe Vera são frequentemente empregadas na terapia para doenças no sistema estomatognático (Mota et al., 2018). Lins et al., (2018) investigaram a eficácia de enxaguantes bucais com extratos de Aroeira e Camomila no controle da placa bacteriana e tratamento da gengivite. O estudo envolveu 59 adultos com gengivite crônica, comparando os efeitos dos enxaguantes com Clorexidina, Camomila e Aroeira. Após 15 dias, todos os enxaguantes foram eficazes na redução da placa e do sangramento gengival. O enxaguante de Camomila foi mais eficaz na diminuição da placa, enquanto o de Aroeira apresentou resultados mais modestos, sem diferença significativa quanto ao sangramento gengival. A Romã (Punica granatum) é reconhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas, com o tanino como principal componente responsável (Aleluia et al., 2015). Utilizada no tratamento de infecções de garganta, tosse e febre, a romã é promissora no combate às bactérias do biofilme bucal. Bhadhaden et al., (2011) avaliaram um enxaguatório bucal contendo romã, demonstrando eficácia antibacteriana e redução significativa no sangramento gengival comparado à Clorexidina 0,12%. A Aloe Vera tem evidências científicas apoiando sua eficácia no tratamento da gengivite, atuando como coadjuvante no tratamento periodontal devido às suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias (Silva et al., 2021). Moghaddam et al., (2017) aplicaram um gel à base de Aloe Vera combinado com raspagem e alisamento radicular (RAR) em pacientes com periodontite crônica. Houve uma melhoria notável na saúde gengival do grupo que usou o gel de Aloe Vera, sugerindo sua eficácia no tratamento da periodontite crônica. CONCLUSÃO: A integração da fitoterapia na prática odontológica, aliada à educação, pesquisa e cooperação entre profissionais de saúde, pode proporcionar uma abordagem mais completa e segura no tratamento de doenças bucais, pois esses fitoterápicos oferecem propriedades terapêuticas valiosas para a saúde bucal, incluindo efeitos antimicrobianos, anti-inflamatórios, antioxidantes, cicatrizantes e analgésicos.