ANÁLISE DO USO DE PROSTAGLANDINA-F2α (PGF2α) EM PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) EM FÊMEAS BOVINAS DA RAÇA NELORE EM SALINAS – MG
Palavras-chave:
fêmeas bovinas, inseminação, protocolo, prostaglandinaResumo
Este estudo observacional transversal, de caráter descritivo e analítico, foi realizado em propriedades rurais de Salinas-MG, envolvendo 188 inseminações artificiais em tempo fixo (IATF) em fêmeas bovinas da raça Nelore. A amostra incluiu tanto novilhas quanto vacas, divididas em grupos tratados e não tratados com prostaglandina dentro do protocolo de IATF. O objetivo foi avaliar o impacto do uso de prostaglandina na taxa de prenhez entre os grupos, utilizando estatística descritiva e o teste qui-quadrado. O Odds Ratio (OR) também foi calculado para comparar as chances de prenhez. As análises foram realizadas no Jamovi e Excel, com gráficos modificados no RStudio. Entre as 80 novilhas, 61,3% ficaram prenhas, enquanto 38,8% não atingiram a prenhez. O grupo tratado com prostaglandina apresentou uma taxa de gravidez de 70,0%, contra 52,5% no grupo não tratado. Nas 108 vacas avaliadas, 69,4% apresentavam escore de condição corporal (ECC) de 2,75 e 19,8% tinham corpo lúteo. A taxa de prenhez nas vacas tratadas foi de 70,4%, comparada a 53,7% nas vacas não tratadas. O OR nas vacas foi de 2,11, indicando uma maior chance de prenhez no grupo tratado, embora sem significância estatística (IC 95%: 0,843-5,29; p=0,108). Nas novilhas, o OR foi de 2,05 (IC 95%: 0,927-4,52; p=0,074), também sem significância.Os resultados sugerem uma tendência positiva no uso da prostaglandina, porém, a falta de significância estatística reforça a necessidade de estudos com maior amostragem.
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