FOTOEVELHECIMENTO ASSOCIADO AO USO DE TELAS COMO FERRAMENTA DE TRABALHO

Autores

  • Anna Júlia Mendes dos Santos Centro Universitário Estácio da Amazônia
  • Gabriella Prado e Silva Centro Universitário Estácio da Amazônia
  • Andressa Laysa Leão Martins Centro Universitário Estácio da Amazônia
  • Rodrigo Luz da Rosa Balsamão Centro Universitário Estácio da Amazônia
  • Renato Augusto Carvalho Leão Centro Universitário Estácio da Amazônia

Palavras-chave:

fotoenvelhecimento, autocuidado, tecnologia

Resumo

A pele é a barreira de proteção cuja eficácia sofre com as alterações causadas pela idade e pelo contato com fatores ambientais. Um desses fatores é a irradiação de luz visível devido ao uso de aparelhos como monitores de computador, smartphones e tablets, entre outros dispositivos, utilizados tanto como ferramenta de trabalho como para lazer. Sabe-se que essa irradiação possui um comprimento de onda capaz de alterar o funcionamento do DNA das células da pele e liberar espécies reativas de oxigênio, acelerando o processo de envelhecimento cutâneo com o uso contínuo desses equipamentos. Devido à escassez de dados mais consistentes a fim de avaliar o efeito da exposição contínua a luz visível, o objetivo deste trabalho é estabelecer uma relação entre o uso de telas e o envelhecimento cutâneo. Foi realizada uma pesquisa quantitativa em servidores públicos, durante a participação do curso de Biomedicina no programa ‘’Cuidando do Servidor’’, onde foram avaliados trinta e sete (37) pessoas, os quais passavam mais de quatro horas diárias de seu tempo de trabalho fazendo uso de algum dispositivo capaz de emitir luz visível diretamente sobre a pele. Foram avaliados também, o tipo, a hidratação, a oleosidade e a elasticidade da pele, utilizando um analisador facial ‘’Smart Analyzer’’. Nossos resultados sugerem que, em relação ao tipo de pele, 10 pessoas (27%) apresentam pele mista, oscilando entre normal e oleosa, enquanto há um equilíbrio, 24.3%, nos tipos de pele restantes, pele seca, oleosa e normal, com 09 pessoas em cada grupo. Quanto a elasticidade, 25 pessoas (67.6%), apresentaram boa elasticidade e 12 pessoas (32.4%), apresentaram elasticidade ruim. Já o nível de hidratação da pele apontou que apenas 04 pessoas (10, 8%) possuíam hidratação equilibrada e 20 (54,1%) de pessoas avaliadas possuíam pouca ou nenhuma hidratação na pele, encontrando-se um grupo de 13 pessoas (35.1%) com hidratação média na pele. Já ao avaliarmos a oleosidade da pele, 18 (48.6%) pessoas possuíam alta oleosidade, 09 pessoas (24.3%) oleosidade controlada e 10 pessoas (27%) com oleosidade controlada. Embora existam poucos dados na literatura sobre a relação do uso continuo de telas como ferramentas de trabalho e o envelhecimento cutâneo, verificamos um padrão médio nos atendimentos realizados, onde as pessoas realizam hidratação regular, com consumo de líquidos, justificando em parte a boa elasticidade, porém com alta oleosidade e com grande parte dos tipos de pele oleosa e mista, o que pode ser explicado pelo fato de que, dentre os pacientes atendidos, nem todos praticavam uma rotina de cuidados com a pele e não possuíam as devidas orientações de como proceder. Portanto, adicionalmente a nossos atendimentos com analise de pele, fizemos higienização facial com as orientações básicas sobre autocuidado diário com a pele, como o uso de filtros solares com pigmento, já que há dados comprovados de que estes combatem o fotoenvelhecimento. Também foram indicados ativos como Argireline e vitaminas C, E e A combinadas em dermocosméticos tópicos, as quais são ferramentas bastante utilizadas no combate ao envelhecimento da pele. Embora o desenvolvimento de novos ativos que filtrem a incidência de luz visível sobre a pele, a recomendação é que seja diminuído o tempo de uso dos equipamentos, sempre que possível. Assim, sugerem-se que novos estudos sejam realizados, tanto para obter resultados a longo prazo, para se conhecer melhor os danos causados pela longa exposição, como sobre novos métodos de combater o envelhecimento cutâneo relacionado ao uso de telas.

Biografia do Autor

Anna Júlia Mendes dos Santos, Centro Universitário Estácio da Amazônia

Acadêmica do Curso de Bacharelado em Biomedicina

Gabriella Prado e Silva, Centro Universitário Estácio da Amazônia

Acadêmica do Curso de Bacharelado em Biomedicina

Andressa Laysa Leão Martins, Centro Universitário Estácio da Amazônia

Acadêmica do Curso de Bacharelado em Biomedicina

Rodrigo Luz da Rosa Balsamão, Centro Universitário Estácio da Amazônia

Acadêmico do Curso de Bacharelado em Biomedicina

Renato Augusto Carvalho Leão, Centro Universitário Estácio da Amazônia

Docente do Curso de Bacharelado em Biomedicina

Referências

NETO, A.V.N. et al. Relação entre o uso de telas e o envelhecimento da pele: atualização clínica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Vol. 13 (5). 2021.

RENARD G e JEID J. The dangers of blue light: True story!. Journal francais d'ophtalmologie. 2016.

SCHALKA S, et al. Proteção oferecida por fotoprotetores contra luz visível - uma proposta de avaliação. Surgical & Cosmetic Dermatology, 2012.

ZASTROW L, et al. UV, visible and infrared light. Which wavelengths produce oxidative stress in human skin? Der Hautarzt; Zeitschrift fur Dermatologie, Venerologie, und verwandteGebiete, 2009.

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Publicado

2025-04-11

Como Citar

Mendes dos Santos, A. J., Prado e Silva, G. ., Laysa Leão Martins, A. ., Luz da Rosa Balsamão, R., & Augusto Carvalho Leão, R. . (2025). FOTOEVELHECIMENTO ASSOCIADO AO USO DE TELAS COMO FERRAMENTA DE TRABALHO. Revista Multidisciplinar Pey Këyo Científico - ISSN 2525-8508, 11(1). Recuperado de https://estacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/pkcroraima/article/view/3763