O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DO ADOLESCENTE
Palavras-chave:
Adolescente, educação sexual, enfermeiroResumo
É considerado adolescente o indivíduo entre doze e dezoito anos de idade, sendo um período marcado por mudanças biológicas e início da vida sexual, que somadas a desinformação e a falta de métodos contraceptivos, podem se tornar um problema de saúde pública, como a gravidez não planejada e a exposição a Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Nesse contexto, o estudo objetiva averiguar o papel do profissional de enfermagem como educador da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. A pesquisa trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com análise dos artigos científicos publicados de 2017 a 2022 nos bancos de dados: SCIELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Bases de Dados da Enfermagem (BDENF). A partir dos resultados, notou-se que a atuação do Enfermeiro tem como direcionamento a aplicabilidade da educação em saúde, com foco no aconselhamento contraceptivo, na consulta de enfermagem e na transmissão de conhecimentos através de jogos e metodologias ativas. Bem como, possui papel relevante na envoltura entre pais e filhos no diálogo sobre sexualidade, na implementação de métodos preventivos e ações estratégicas. Por fim, a pesquisa permitiu o desenvolvimento de um folder educativo conforme a temática e espera-se que a difusão do produto possa influenciar positivamente os profissionais na orientação da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes.
Referências
ALMEIDA, R.A.A.S.; et al. Conhecimento de adolescentes relacionados às doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Rev Bras Enferm, v. 70, n. 5, p. 1087-94, 2017.Disponível em:<https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0531>.Acesso em:21 mai 2022.
ANDRADE, R.D.; et al. Cuidado de enfermagem materno-infantil para mães adolescentes: educação em saúde. RevBrasEnferm., v.73, n.4, 2020.Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0769Acesso em:21 mai 2022.
ARAÚJO, A.S. de B.de; et al. Práticas de cuidado com a saúde sexual de jovens universitárias. R. pesq.: cuid. fundam. online, p. 1215-1220, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v12.8626. Acesso em:23 mai 2022.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Edição 70. PressesUnivcrsitairesde France.1977.
BATISTA, M. H. J et al. Atuação do enfermeiro na educação sexual na adolescência no contexto escolar. Brazilian Journal of Development. v. 7, n. 1, p. 4819-4832, 2021.
Disponível em: https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/23078. Acesso em: 13 jun. 2022.
BRASIL. Lei n° 8.069 de julho de 1990. Dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Brasília-DF, 1990.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em:10 mai 2022.
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 19 set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 28 jun. 2022.
BRASIL. Lei n° 9.263 de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7° do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidade e dá outras providências. Brasília-DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm. Acesso em: 21 mai 2022.
BRASIL. Lei nº 13.798, de 3 de janeiro de 2019. Acrescenta art. 8º-A à Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), para instituir a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Brasília-DF,2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13798.htm. Acesso em:10 mai 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. e. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional
de Atenção Básica (PNAB). Brasília-DF, 2012. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf. Acesso em: 24 mai 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2.317, de 10 de setembro de 2021. Institui, em caráter excepcional, incentivo financeiro federal de custeio aos municípios e Distrito Federal para fortalecimento das ações de cadastramento e qualificação do processo de assistência aos adolescentes no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Brasília-DF,2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2021/prt2317_14_09_2021.html. Acesso em: 10 mai 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 300 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26)
CARDOSO, N.T.B. da C.; et al. Contracepção de emergência: conhecimento do fármaco por adolescentes. Rev Enferm UFPI, v. 8, n. 3, p. 30-5, 2019. Disponível em: 10.26694/2238-7234.8330-35.Acesso em: 24 mai 2022.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (BR). Resolução nº 690 do Conselho Federal de Enfermagem, 03 de fevereiro de 2022. (BR). 2022. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-690-2022_96063.html. Acesso em: 26 mai 2022.
GARCIA, E.C.; et al. Representações sociais de adolescentes sobre a transmissão do HIV/AIDS nas relações sexuais: vulnerabilidades e riscos. Esc Anna Nery, v. 26, 2022.Disponível em: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2021-0083. Acesso em: 26 mai 2022.
GARZON, A.M.M.; SILVA, K.L. Silenciamento da sexualidade do adolescente no contexto rural. Interface (Botucatu)., v. 26, 2022.Disponível em: https://doi.org/10.1590/interface.210572. Acesso em: 22 mai 2022.
GENZ, N.; et al. Doenças sexualmente transmissíveis: conhecimento e comportamento sexual de adolescentes. Texto Contexto Enferm, v. 26, n. 2, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0104-07072017005100015. Acesso em: 26 mai 2022.
KERNTOPF, M. R.; et al. “Sexualidade na adolescência: uma revisão crítica da literatura.” (2016). Rev. Adolesc Saude. 2016; 13(2):106-13. Disponível em:
https://cdn.publisher.gn1.link/adolescenciaesaude.com/pdf/v13s2a13.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
LIMA, G. K. S. de et al. Autocuidado de adolescentes no período puerperal: aplicação da teoria de orem. Revista de Enfermagem UFPE on line, [S.l.], v. 11, n. 10, p. 4217-4225, set. 2017. ISSN 1981-8963. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/231185. Acesso em: 27 jun. 2022.
MIRANDA, O.S.F.; et al. Comportamentos sexuais: estudo em jovens. einstein (São Paulo), São Paulo, v. 16, n. 3, eAO4265, set. 2018. https://doi.org/10.1590/S1679- 45082018AO4265.Acesso em: 21 mai 2022.
MOHER, David; LIBERATI, Alessandro; TETZLAFF, Jennifer; ALTMAN, Douglas G. Preferredreportingitems for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. InternationalJournalofSurgery, Volume 8, Edição 8, 2010, Páginas 658.
Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2010.02.007 Acesso em: 06 ago. 2022
ONU, Organização das Nações Unidas. Objetivos de desenvolvimento sustentável. Nações Unidas Brasil. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/3. Acesso em:21 mai 2022.
PIANTAVINHA, B.B.; MACHADO, M.S.C. Conhecimento sobre métodos contraceptivos de adolescentes atendidas em Ambulatório de Ginecologia. FEMINA, v. 50, n. 3, p. 171- 7,2022.
RAMOS, L. de. A. S.; et al. Uso de métodos anticoncepcionais por mulheres adolescentes de escola pública. Cogitare Enferm, v. 3, n. 23, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i3.55230. Acesso em: 21 mai 2022.
RIBEIRO, W.A.; et al. A gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos: agestaçãp e o impacto do conhecimento. Revista Nursing, v. 22, n. 253, p. 2990-2994, 2019.
Disponível em: https://doi.org/10.36489/nursing.2019v22i253p2990-2994. Acesso em: 21 mai 2022.
RIZZON, B.B.; et al. Comportamento de risco para infecções sexualmente transmissíveis em estudantes do ensino médio. FEMINA, v.49, n.1, p.52-7,2021.
SALVIATI, Maria Elisabeth. (2017). Manual do aplicativo Iramuteq. Planaltina. Disponível em: http://www.iramuteq.org/ documentation/fichiers/manual-do-aplicativo- iramuteq-par-mariaelisabeth-salviati. Acesso em: 16 maio 2022.
SANTOS, A.P. et al (2018). O papel do enfermeiro como educador na atenção primária à saúde: uma revisão bibliográfica. Revista Eletrônica Acervo Saúde. Disponível em: DOI: 10.25248/REAS157_2018. Acesso em: 21 mai 2022.
SANTOS, M.P.; et al. Promoção da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes: educação por pares. Rev baiana enferm., v. 31, n. 3, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.18471/rbe.v31i3.21505. Acesso em: 22 mai 2022.
SILVA, M.J.P. da; et al. Gravidez na adolescência: uso de méodos anticonceptivos e suas descontinuidades. Rev Min Enferm, v. 23, 2019. Disponível em: DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20190068. Acesso em: 22 mai 2022.
SILVA, S. M. D. T. da. et al. Diagnóstico do conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade. Acta Paul Enferm, v.33, p.1-7, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.37689/acta-ape/2020AO0210.Acesso em: 24 mai 2022.
VIEIRA, K.J. et al. Conhecimentos de adolescentes sobre métodos contraceptivos e infecções sexualmente transmissíveis. Rev baiana enferm, v. 35, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.18471/rbe.v35.39015. Acesso em: 24 mai 2022.
VIEIRA, K.J.; et al. Início da atividade sexual e sexo protegido em adolescentes. Esc Anna Nery, v. 25, n. 3, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020- 0066. Acesso em: 24 mai 2022.