“OCUPAR PARA RESISTIR”:
sociabilidades e resistências no movimento de Ocupação na Câmara dos vereadores de Abaetetuba - PA
Palabras clave:
comunicação dissidente, sociabilidades, resistência, ocupação, Câmara de Vereadores de Abaetetuba -PAResumen
As narrativas de ocupação e resistência como comunicação dissidente. Esta é a proposta do presente artigo, que busca compreender as sociabilidades estabelecidas pelos sujeitos participantes do movimento, em suas narrativas de resistência e ocupação, na Câmara de Vereadores de Abaetetuba -PA, em novembro de 2016, quando os vereadores do município decidiram aumentar os próprios salários. A aprovação do aumento provocou indignação e revolta da população, e os jovens ligados a entidades políticas, religiosas, estudantis e culturais decidiram ocupar os espaços da Câmara com o objetivo de resistir e protestar contra esse aumento salarial. Embalados pelo lema: “12 mil eu não pago”, os jovens ocupantes provocaram indignação em outras entidades e pequenos comerciantes, estabelecendo um movimento comunicativo de força em Abaetetuba. A partir dessa ação, emergiram narrativas sobre questões políticas de funcionamento dessa casa legislativa, ou seja, o mau uso do dinheiro público, o papel do vereador e o salário recebido pelas funções exercidas. Nesta perspectiva, tomamos essa ocupação como uma relevante comunicação dissidente, em que essa mesma comunicação, nos moldes de Adriano Duarte Rodrigues (2018), é percebida como o conjunto dos sintomas das tensões que caracterizam a relação entre as diferentes modalidades da experiência. Ou então como diz Wainberg (2017), a comunicação dissidente é um tipo especial de discurso persuasivo, que intenciona afetar o clima de opinião pública através de certo tipo de cenas, enquadrando as emoções humanas que expressam a rebeldia e a crítica. Assim, nossa proposta objetiva compreender o sentido de resistência enunciado pelos participantes do movimento na Câmara.
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