Ômega-3 como composto bioativo adjuvante à terapia nutricional da caquexia oncológica
Palavras-chave:
Ácidos graxos ômega – 3, Caquexia, CâncerResumo
Introdução: A caquexia do câncer tem origem multicausal, sendo caracterizada por uma inflamação sistêmica e grande depleção de massa magra acompanhada ou não da perda de massa gorda. Não há consenso sobre o manejo nutricional adequado, mas a suplementação com ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 tem mostrado resultados satisfatórios. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo descrever a fisiopatologia da caquexia oncológica e a funcionalidade dos ácidos graxos ômega–3 como adjuvantes à terapia nutricional para manutenção e restabelecimento da massa magra. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva. Foram utilizados como referência 30 trabalhos, selecionados de acordo com a qualidade do conteúdo e relevância à construção do trabalho. Resultados: Os pacientes acometidos pela caquexia oncológica têm piorado estado global. A terapia nutricional empregada na caquexia oncológica vai além do fornecimento adequado de energia e nutrientes. É necessário buscar tratamentos adjuvantes que possam controlar os distúrbios metabólicos presentes na doença. Os ácidos graxos ômega-3, enquanto compostos bioativos, atuam suprimindo a transcrição de genes pró-inflamatórios, estimulando as vias de mediadores anti-inflamatórios, contribuindo para a melhora da taxa de síntese muscular. Considerações finais: O uso suplementar de ácidos graxos ômega-3 é positivo quando administrado em doses maiores de 3g/dia de EPA e DHA. Doses menores aparentam pouca efetividade. Ele é vantajoso por atuar nas causas básicas da caquexia oncológica, e possui um perfil de poucos efeitos colaterais e baixa toxicidade.