INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS PARA PREVENÇÃO DE DEFORMIDADES ORTOPÉDICAS EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Palavras-chave:
Fisioterapia, Paralisia Cerebral, Deformidades Ortopédicas, Intervenção PrecoceResumo
A Paralisia Cerebral (PC) representa a principal causa de incapacidade física na infância,
e suas consequências musculoesqueléticas, como pé equino, luxação de quadril e escoliose,
progredindo com o crescimento da criança, comprometendo significativamente a marcha,
a autonomia e a participação social. Dada essa progressão e o alto impacto da condição,
este estudo teve como objetivo analisar as intervenções fisioterapêuticas voltadas à
prevenção de deformidades ortopédicas em crianças com paralisia cerebral. O trabalho
foi desenvolvido por meio de uma revisão sistemática da literatura, de caráter qualitativo
e exploratório, a partir de artigos publicados entre 2010 e 2025 nas bases de dados
SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Os resultados obtidos demonstram que a
intervenção fisioterapêutica precoce e contínua é uma medida preventiva primária
essencial. Estratégias como alongamentos diários, mobilizações articulares, treino
funcional, hidroterapia e o uso estratégico de órteses (AFOs e posicionamento) se
mostraram eficazes em modular o tônus, manter a amplitude de movimento, evitar
padrões posturais inadequados e reduzir a incidência de luxações do quadril. Concluiu-se
que a Fisioterapia, quando inserida em programas de reabilitação intensiva e
multidisciplinar, não apenas retarda e previne o surgimento de deformidades, mas é
fundamental para promover a motricidade, o equilíbrio e a marcha, favorecendo a
autonomia funcional e diminuindo a necessidade de procedimentos cirúrgicos corretivos.