EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL SOBRE A AUTONOMIA FUNCIONAL DE IDOSAS
Resumo
Os exercícios resistidos representam estratégias relevantes para o ganho e a manutenção da massa magra. Os ganhos 
de massa magra estão diretamente relacionados à manutenção da força muscular, uma capacidade física fundamental 
para indivíduos em idade avançada cuja manutenção da força garante melhor autonomia funcional, qualidade de vida 
e reduz de forma significativa o risco de quedas. Entretanto, a baixa adesão a programas de treinamento resistido por 
parte da população idosa revela a necessidade de estudos para melhor compreensão dos efeitos fisiológicos e 
psicológicos. O objetivo do presente estudo foi o de analisar os efeitos do treinamento de força e a percepção dos 
riscos de quedas em idosos, através de estudo de campo, de cunho qualitativo descritivo e longitudinal. Foram 
selecionadas 22 idosas e divididas em dois grupos, GC com sujeitos sedentários (n=11) com valores médios de idade 
(63,0±2,4 anos); massa corporal (67,7±8,4 kg); estatura (1,65±0,2 metros); %G (35,7±4,7%) e IMC (24,5± 1,8 kg/m²) e o 
grupo experimental como sujeitos fisicamente ativos (n=11) com valores médios de idade (64,8±2,4 anos); massa 
corporal (67,7±6,1 kg); estatura (1,63±0,1 metros); %G (36,7±4,2%) e IMC (25,3± 1,7 kg/m²). Para as avaliações das 
capacidades físicas associadas à autonomia funcional, foram utilizados o protocolo GDLAM e o Senior Fitness Test 
(SFT), além do questionário de avaliação de risco de quedas. O grupo experimental foi submetido a oito semanas de 
treinamento funcional, com frequência de três vezes na semana e todos os testes foram realizados antes e depois do 
período de intervenção em ambos os grupos. Os dados foram analisados através de teste T de Student pareado ou 
teste T de Student para amostras independentes, assumindo grau de significância de p<0,05. Observamos que o GC 
apresentou manutenção da autonomia funcional ao longo do período de intervenção, passando de um índice geral 
(IG) no protocolo de GDLAM de 30,8±1,4 para 31,1±1,4 (p>0,05), enquanto o grupo experimental atingiu valores 
significativamente melhores, comparando antes e depois e na comparação entre os grupos (p<0,05), variando de 
29,4±2,7 para 28,4±2,5, revelando uma classificação de autonomia funcional de fraco para o GC e regular para o grupo 
experimental. Os resultados obtidos para a bateria do SFT foram semelhantes, havendo a manutenção em 20% do 
desempenho máximo possível para o GC enquanto o grupo experimental apresentou aumento de 27,5 para 37,5% de 
desempenho máximo possível. Concluímos que a pratica regular do treinamento de funcional aplicado a idosas pode 
promover de forma positiva as capacidades físicas associadas à autonomia funcional, que por sua vez são 
determinantes na prevenção de quedas nessa população.
Palavras-chave: Independência funcional, Idosos, Envelhecimento.
