CROSSFIT, POWERLIFTING E INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES JOVENS

ESTUDO DE CASOS E INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS COM ÊNFASE NAS DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS

Resumo

A incontinência urinária em mulheres jovens praticantes de atividades físicas de alta intensidade, como o Crossfit e o Powerlifting, tem sido historicamente subnotificada, muitas vezes encarada como um "efeito colateral aceitável" associado ao alto desempenho atlético. No entanto, esse quadro pode comprometer significativamente a qualidade de vida, a autoestima e a função sexual dessas atletas. Este artigo tem como objetivo analisar a relação entre essas modalidades esportivas e a disfunção do assoalho pélvico, com ênfase na incontinência urinária de esforço e nas repercussões sobre a saúde sexual feminina, frequentemente negligenciadas. Por meio de um estudo de caso clínico real e de um caso fictício baseado em padrões recorrentes observados na prática clínica e na literatura especializada, discutem-se intervenções fisioterapêuticas eficazes, que visam a reabilitação funcional do assoalho pélvico, a prevenção de novas lesões e a promoção do bem-estar psicossocial. Os casos analisados evidenciam melhora na função pélvica, na autopercepção corporal e na qualidade da vida sexual das pacientes. Além disso, o artigo destaca a importância da atuação da fisioterapia pélvica não apenas na reabilitação funcional, mas também na abordagem biopsicossocial das disfunções sexuais femininas, promovendo uma visão integral da saúde da mulher atleta. A pesquisa adota uma metodologia qualitativa descritiva, fundamentada na literatura científica contemporânea e em eventos técnicos relevantes da área, como simpósios da FEBRASGO e congressos internacionais de fisioterapia uroginecológica.

Palavras-chave: incontinência urinária; exercício físico; fisioterapia; disfunções sexuais; saúde da mulher.