EFEITOS DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON
UM ESTUDO DE REVISÃO
Resumo
A doença de Parkinson (DP) é conhecida como uma patologia neurodegenerativa lenta e crônica, comum na terceira idade, que afeta os neurônios dopaminérgicos da substância negra no sistema nervoso central, levando a comprometimentos no sistema musculoesquelético que são característicos da doença e influenciam na piora da qualidade de vida. O tratamento com fisioterapia aquática (FA) visa a melhora e manutenção da funcionalidade desses indivíduos, uma vez que as propriedades da água, temperatura, pressão hidrostática, empuxo, agem de forma a beneficiar o trabalho do sistema cardiorrespiratório e musculoesquelético. O objetivo deste trabalho é apresentar através da revisão dos artigos científicos na literatura, os efeitos da FA no tratamento dos sintomas associados a DP, e a forma como beneficiam no ganho de funcionalidade, influenciando diretamente na qualidade de vida. As buscas foram realizadas nas bases de dados da PUBMED, SciELO, LILACS e PEDro, incluindo artigos publicados entre 2017 a 2022. Entre os 7 artigos selecionados para análise, 4 estudos apontam melhoras motoras avaliados pela UPDRS sessão III, 2 estudos apontam melhoras na intensidade da dor avaliados pela escala de EVA, e 2 estudos apontam melhoras no score do teste timed up and go, indicando ganho de estabilidade postural. Podemos concluir que a FA é eficaz como estratégia de tratamento do Parkinson, na redução da dor, lentidão de movimentos, rigidez e estabilidade postural. Contudo, sugerimos novos estudos contemplando uma quantidade maior em número de sessões e participantes, que discriminem especificamente em qual ponto nas escalas avaliadas houve a melhora.
Palavras-chave: Parkinson. Parkinson hidroterapia. Parkinson Aquática.