O VALOR DOS VÍNCULOS AFETIVOS E A SUA RELAÇÃO COM O COMETIMENTO DE CRIMES
Resumo
Este estudo investigou a trajetória de vida de quatorze (14) reeducandos que cumpriam pena no
Instituto de Readaptação Social, na cidade de Vila Velha, ES. Os dados foram coletados através de
entrevistas estruturadas e semi-estruturadas, que tinham por objetivo identificar alguns fatores
implicados no cometimento de crime, baseando-se na hipótese explicativa de que a fragilidade dos
vínculos familiares afetivos é um desses fatores facilitadores. Os resultados apontaram a relevância
da figura materna como cuidadora na primeira fase do desenvolvimento, decrescendo ao longo das
faixas etárias, além do destaque relativo ao papel desempenhado pelo entrevistado como
responsável pelos cuidados consigo mesmo a partir da segunda fase (8 a 14 anos). Nesta etapa
também chama atenção a variação de pessoas responsáveis pelo sujeito, bem como, o
fortalecimento dos vínculos de amizade, que conforme a maioria relatou foi a “influência de
companhias” o motivo da entrada na vida criminal. Conclui-se então que a fragilidade dos vínculos
estabelecidos durante o desenvolvimento pode ser entendida como facilitadora para o envolvimento
com a criminalidade.
Palavras-chave: família; vínculos afetivos; crime; reeducando.