REPIGMENTAÇÃO E IMUNOMODULAÇÃO DE PACIENTE COM VITILIGO APÓS USO DE FLUOXETINA ORAL

UM RELATO DE CASO

Abstract

Este relato de caso descreve os efeitos do uso de fluoxetina oral (20 mg/dia por 180 dias) em uma paciente com vitiligo não responsivo ao tratamento convencional. O objetivo foi avaliar a repigmentação das lesões e a modulação de citocinas inflamatórias envolvidas na patogênese da doença. A paciente foi acompanhada clinicamente por meio de análise fotográfica, escore de extensão do vitiligo (VES), mensuração de melanina e parâmetros cutâneos, além da quantificação sérica de citocinas pró e anti-inflamatórias. Observou-se repigmentação progressiva das áreas afetadas, com redução da superfície corporal comprometida e aumento dos níveis de melanina, inclusive em regiões previamente despigmentadas. A análise sorológica demonstrou significativa queda nos níveis de IL-17A, IL-33, TNF-α, sTREM-1 e IL-10 ao longo do tratamento, sugerindo efeito imunomodulador. O aumento de IL-8, embora discreto, foi o único desvio da tendência geral de redução inflamatória. Os dados indicam que a fluoxetina pode representar uma alternativa terapêutica promissora para o manejo do vitiligo, contribuindo tanto para a estabilização da doença quanto para a repigmentação cutânea.