A CIÊNCIA CONTÁBIL E SEUS PARADIGMAS
DO POSITIVISMO AO ANARQUISMO EPISTEMOLÓGICO
Resumo
Este trabalho analisa a relação entre os paradigmas das ciências contábeis sob a ótica do Positivismo, falsificacionismo de Popper, a visão de revolução científica proposta por Thomas Khun e o anarquismo epistemológico de Feyeraband. Para tanto, fundamenta-se em uma pesquisa descritiva documental que busca responder à questão problema: existe um paradigma dominante na ciência contábil atual? O referencial teórico estudado aponta que a utilização excessiva do método hipotético dedutivo de Popper pode estar influenciando de forma negativa no surgimento de novas teorias. Não obstante o surgimento de inúmeras frentes teóricas candidatas a paradigma na década de 60, nenhuma sagrou-se vencedora. O que ocorreu foi que, com a utilização hegemônica do método hipotético-dedutivo de Popper, foi necessário buscar teorias consolidadas para a elaboração das hipóteses. Nesse aspecto, havendo nas ciências contábeis uma grande incerteza sobre qual teoria sagrara-se vencedora, os cientistas passaram a busca na Teoria Econômica as bases doutrinárias para elaboração de suas pesquisas. Atualmente, o que se observa nas Ciências Contábeis é a utilização de um sistema multiparadgmático de mensuração, ou seja, os órgãos responsáveis pela normatização das práticas contábeis incorporam diversas teorias para a mensuração e avaliação dos ativos, onde visualizamos juntos: custo histórico, custo corrente, valor realizável líquido e o valor justo.
Palavras-chave: Teoria da contabilidade; Teoria Positiva; Teoria Normativa; Paradigma.