Alimentação, Saúde e Qualidade de Vida: padrões observados entre estudantes universitários
Palavras-chave:
Qualidade de Vida, Saúde, Rendimento AcadêmicoResumo
Qualidade de Vida pode ser definida como a sensação íntima de conforto, bem-estar físico, intelectual e psicossocial e, para estudantes, ela está diretamente relacionada ao seu estilo de vida, podendo torná-lo vulnerável e afetar seu desempenho. O objetivo do presente foi avaliar parâmetros de qualidade de vida relativos aos padrões de alimentação e saúde, assim como os relativos à prática de atividades físicas, discutindo suas consequências frente à realidade diária de estudantes universitário. A amostra composta por 210 indivíduos (52,4% mulheres e 47,6% homens) indicou que quanto à prática de atividades físicas, o número de sedentários foi de 77% e 66% para mulheres e homens respectivamente. Considerando os principais aspectos antropométricos, o IMC médio foi 24,7 ± 4,8 kg/m2 e o IAC médio de 26,5 ± 6,9. A comparação entre sexos demonstrou uma classificação média de sobrepeso para homens com base no IMC (Média do IMC -> mulheres - 23,9 ± 4,7 kg/m2; homens - 25,5 ± 4,8 kg/m2), com a comparação entre as proporções associadas às diferentes classes identificando uma diferença estatisticamente significativa entre os sexos (GL = 5; G = 15,8; p = 0,008), refletindo uma maior proporção de indivíduos de baixo peso para as mulheres, enquanto para homens foi observada uma maior representatividade nas classes de pré-obesidade e obesidade. A influência da idade (média = 25,4 ± 7,4) sobre este padrão foi avaliada juntamente com o estado matrimonial, sendo observado que indivíduos casados, independente da classe etária, apresentaram maior valores para o IMC. Quanto ao padrão de alimentação, o maior destaque foi o consumo de frutas diário, sendo possível notar que 90% dos entrevistados consumia duas ou menos frutas por dia, com a maioria consumindo apenas uma unidade (44%). Este retrato parcial da amostra analisada permite identificar alguns pontos relevantes em termos de Qualidade de Vida para estes indivíduos, sendo possível extrapolar esses dados quando as suas possíveis influências, como por exemplo quanto ao desempenho acadêmico. Nesse contexto, a atuação de gestores educacionais, de modo a fornecer condições adequadas para que os estudantes possam melhorar esses aspectos, resulta em benefícios não só para os alunos, mas também para as instituições superiores.