EMPREENDEDORISMO FEMININO

UM ESTUDO FENOMENOLÓGICO DAS MICROEMPREENDORAS INDIVIDUAIS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Resumo

Este estudo procurará investigar e aprofundar a compreensão e os conceitos
existentes na literatura a respeito do contexto do empreendedorismo brasileiro.
A nova ordem econômica, traduzida por um mundo globalizado com constantes
alterações no ambiente externo e com características como a precarização e a
flexibilização do mundo do trabalho, favorecem a inserção das pessoas em
outras atividades produtivas por causa da não absorção da mão de obra.
Segundo dados estatísticos do IBGE (2014), as mulheres brasileiras fazem parte
do grupo que, apesar de alcançar o maior índice de grau de escolaridade,
encontra-se também na base da pirâmide, no que tange aos recursos
financeiros que lhe são destinados por sua atuação profissional, dados estes
também constatados no relatório “O poder das mulheres: avaliação das
disparidades globais de gênero” do Fórum Econômico Mundial (FEM) no ano
posterior. No Brasil, somente a partir da década de 90, deu-se atenção às
práticas e políticas empreendedoras, fenômeno esse já ocorrido mundialmente,
com a flexibilização do mundo do trabalho e o avanço tecnológico (CARREIRA,
2015). Como consequência da não recolocação no mercado de trabalho e a
necessidade, impulsionadas a manter a sua sobrevivência, em grande escala
pelo exercício profissional informal, as mulheres iniciam sua participação como
empreendedoras (GIMENEZ, FERREIRA e RAMOS, 2017).