PERFIL EPIDEMIOLÓGICO PÓS-COVID-19 E A INCIDÊNCIA DE SEQUELAS CARDIOVASCULARES NO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ, 2022
Palavras-chave:
COVID-19, Doença Cardiovascular, Pandemia, SequelasResumo
Objetivo: Apresentar o perfil epidemiológico das sequelas e alterações cardiovasculares pós-COVID-19 em indivíduos que procuraram o ambulatório pós-COVID-19 no município de Jundiaí. Método: Estudo transversal com coleta de dados secundários em prontuários. Inicialmente, foi realizada análise descritiva dos dados coletados, seguida de análises bivariadas por meio do teste qui-quadrado no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0, nível de significância de 5%. Resultados: Constatou-se que dos 387 prontuários, 58,7% eram mulheres, a média de idade 54,2 (±13,54) anos, 76,8% necessitaram de internação hospitalar e 70,2% de suporte ventilatório. A comorbidade mais prevalente foi hipertensão arterial 43,9%, a maioria dos participantes estava assintomática (18,6%) durante a COVID-19. As 3 sequelas mais frequentes foram dispneia 73% (n=273), fadiga 37,4% (n=140) e tosse 27,3% (n=102). Alterações cardiovasculares foram encontradas em 21,9% (n=85); arritmia representa 54,8% (n=51), com predomínio de taquiarritmias, alterações no Ecocardiograma 22,6% (n=21). Foi associado às sequelas cardiovasculares: admissão na UTI durante a infecção pela COVID-19 (p=0,018), ter frequência cardíaca acima de 100bpm (p=0,005) e já ter doença cardiovascular antes da infecção pelo vírus (p=0,040). Conclusão: Esses resultados permitem observar que o estudo das sequelas pós-COVID-19 e fatores associados é de grande relevância. Ações de saúde são necessárias para o cuidado desta doença e suas sequelas que podem causar incapacidades.
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