VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19: Uma Revisão Sistemática.
Resumo
O isolamento social no Rio de Janeiro iniciou-se em março de 2020, como forma de prevenir a circulação do novo coronavírus e combater o aumento de casos na pandemia. Neste novo cenário notou-se a diminuição das ocorrências de violência contra mulher, realizadas nas delegacias de polícia no estado, possivelmente pela restrição de circulação, devido às medidas preventivas. Em contrapartida apesar da queda do registro de ocorrências de crimes contra mulher, os que ocorrem em casa, evoluíram para crimes graves, como: violência física e violência sexual, considerando o número de vítimas e não os de casos registrados, de acordo
com o Instituto de Segurança Pública. Vários fatores estressores propiciam o aumento da violência, dentre eles: desemprego, crise financeira familiar, contaminação pela doença, gastos extras com medicações, isolamento social e entre outros. A residência para mulheres vítima passa a ser uma prisão com o agressor, mediante ao período de isolamento. Dificultando a denúncia e o pedido de ajuda, muitos casos evoluem para o mais grave e irreversível crime de feminicídio. Diante desses indicadores, o presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática com o intuito de elaborar um estudo a respeito da violência contra mulher no contexto da pandemia COVID-19. As buscas realizadas de dados: SciELO Brasil e Google Scholar, acessadas a partir de 14 de janeiro de 2021, considerando o período de 2020 à 2021. Os descritores utilizados forma: “violência contra mulher”, “isolamento social”, “pandemia COVID-19”, “violência doméstica”. Considerando isto, constata-se a vulnerabilidade da mulher dentro de seu próprio lar.